Ebola nos EUA: quatro isolados e até cem pessoas expostas

Após um paciente no Texas ter sido diagnosticado com
ebola, um médico do Missouri checa um vo
o com 
proteção total (John Spink/AP/John Spink)


Até cem pessoas podem ter entrado em contato direto ou indireto com Thomas E. Duncan, a primeira pessoa a ser diagnosticada com ebola em solo americano. Segundo o departamento de Saúde do Texas, quatro parentes do paciente estão em quarentena em suas casas por precaução, mas podem até ser presas se deixarem o isolamento sem autorização. A atual epidemia é a mais mortal da história da doença e já matou mais de 3 mil pessoas no oeste africano.

No início, o governo americano afirmou que o número potencial de contatos expostos à doença não chegava a dez, mas na quarta-feira aumentou o número para 18. Nesta quinta-feira, o departamento de Saúde de Dallas informou que entre 12 e 18 pessoas entraram em contato direto com o paciente, e, para o departamento de Saúde do Texas, o número de contatos indiretos pode chegar a cem. Contudo, nenhum deles apresenta sintomas.

— Estamos trabalhando com uma lista de aproximadamente cem potenciais ou possíveis contatos — disse Carrie Williams, porta-voz do departamento de Saúde do Texas, à agência Reuters. — Pode ser excesso de cautela, mas estamos começando com esta grande rede, incluindo pessoas que tiveram breves encontros com o paciente ou a casa do paciente. O número vai cair na medida em que focarmos nos contatos que podem representar riscos potenciais de infecção.

Os quatro parentes próximos ao paciente não podem receber visitas e, segundo representantes do governo, eles podem ser presos se deixarem a quarentena sem permissão até o dia 19. Apesar disso, os quatro não apresentam sintomas da doença.

— Nós usamos protocolos para proteger o público e conter a propagação da doença — disse David Lakey, comissário de Saúde do Texas. — A ordem está em vigor até que o período de encubação passe e a família não corra mais riscos da doença.

Autoridades americanas estão instruindo profissionais de saúde a avaliar pacientes em busca de sintomas da doença e a questionar o histórico de viagens, para determinar quem passou por países que estejam passando pela epidemia.

— Infelizmente, isso não aconteceu neste caso — disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas. — Nós temos que aprender com o que aconteceu, olhar para frente e nos assegurarmos que a falha não se repita.

Duncan saiu da Libéria no dia 19 de setembro, chegando aos EUA no dia seguinte ainda sem sintomas da doença. No dia 24, começou a se sentir mal e, no dia 26 procurou o hospital, mas foi liberado. Apenas no domingo, dia 28, o paciente foi internado e isolado.

Fonte: O Globo



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