Sua saúde: Quatro em cada cinco infartos em homens podem ser evitados

Um estilo de vida saudável, como alimentação adequada, controle do peso e prática de exercícios físicos, são fatores reconhecidos por ajudar a proteger o coração. Agora, um novo estudo dá uma dimensão sobre o impacto desses hábitos sobre a saúde: de acordo com a pesquisa, eles podem prevenir cerca de quatro em cada cinco ataques cardíacos em homens.

O trabalho, feito na Suécia, analisou dados recolhidos durante onze anos de 20 000 homens saudáveis entre 45 e 79 anos de idade. Os pesquisadores consideraram que um estilo de vida de baixo risco para a saúde cardíaca inclui cinco fatores: adotar uma alimentação saudável, consumir de álcool moderadamente, não fumar, ser fisicamente ativo e não ter excesso de gordura abdominal.

O estudo concluiu que apresentar esses cinco fatores de proteção à saúde cardíaca, em comparação não apresentar nenhum deles, pode evitar 86% dos infartos entre homens dessa faixa etária ao longo de onze anos.

A pesquisa ainda descobriu que, individualmente, os hábitos também ajudam a reduzir o risco de ataque cardíaco. Deixar de fumar, por exemplo, diminui essas chances em 36%, enquanto diminuir a taxa de gordura abdominal evita 12% dos infartos. Além disso, consumir frutas, legumes e gordura pode reduzir em até 18% a probabilidade de um ataque cardíaco.

O estudo foi publicado nesta segunda-feira no periódico Journal of the American College of Cardiology. “O surpreendente não é o fato de um estilo de vida saudável prevenir ataques cardíacos, mas sim a forma drástica com que o risco do problema diminui devido a esses fatores”, diz Agneta Akesson, professora do Instituto de Medicina Ambiental do Instituto Karolinska, na Suécia.

Novas medidas que afastam doenças do coração
1- Café da manhã
Homens que não tomam café da manhã têm 27% mais riscos de infartar ou sofrer uma doença coronariana. O dado, divulgado no periódico "Circulation", reforçou a importância da refeição, que deve fornecer energia suficiente para o corpo começar o dia. Segundo os cientistas, o hábito de pular o desjejum pode causar obesidade, pressão alta e diabetes — fatores de risco para doenças cardíacas.

2- Morango e mirtilo
Um estudo publicado no periódico "Circulation" mostrou que comer morangos e mirtilos pelo menos três vezes por semana pode reduzir o risco de ataque cardíaco em mulheres. O benefício se deve às suas quantidades elevadas de flavonoides — compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Morangos e mirtilos têm autocianina, um tipo de flavonoide que ajuda a dilatar as artérias e evitar a formação de placas que atrapalham o fluxo sanguíneo.

3- Menos carne, mais legumes
Reduzir o consumo de carne vermelha pode fortalecer o coração. Um estudo divulgado no periódico "The American Journal of Clinical Nutrition" mostrou que vegetarianos apresentam um risco menor de sofrer doenças cardiovasculares ou morrer em decorrência de um evento cardiovascular. Outro trabalho, publicado na revista "Nature Medicine", apontou que, além de aumentar a gordura e o colesterol ruim, o consumo excessivo de carne vermelha produz uma substância que eleva as chances de aterosclerose, obstrução dos vasos sanguíneos que leva ao infarto.

4- Casamento saudável
O casamento pode ser um dos segredos para um coração saudável. Segundo uma pesquisa publicada na revista "European Journal of Preventive Cardiology", pessoas casadas apresentam menores chances de sofrer um ataque cardíaco e, se vierem a sofrê-lo, têm maior probabilidade de recuperação do que as solteiras. De acordo com os pesquisadores, as possíveis explicações para isso são o fato de que os casados costumam manter hábitos mais saudáveis e possuir uma rede de apoio mais ampla — o que facilita, por exemplo, a ajuda no caso de um problema cardíaco. Além disso, os fatores psicológicos da satisfação conjugal interferem positivamente na saúde do coração.

5- Dieta do Mediterrâneo: fácil e eficaz
Frutas, legumes, peixes, grãos integrais e quantidade moderada de álcool. Essas são as premissas da Dieta do Mediterrâneo. Menos restritiva que outros regimes, ela é considerada a mais fácil de ser seguida a longo prazo. Neste ano, duas pesquisas demonstraram seus benefícios à saúde cardíaca. Uma delas, publicada no periódico "The New England of Medicine", concluiu que a dieta do Mediterrâneo reduz a chance de problemas cardiovasculares entre pessoas com mais de 55 anos que apresentam alto risco cardíaco. O outro artigo, escrito por pesquisadores canadenses, mostrou que a dieta colabora na redução do colesterol ruim, o LDL, em homens com risco elevado de doenças cardíacas.

6- Mesmo com ganho de peso, parar de fumar vale a pena
Parar de fumar, de fato, favorece o ganho de peso. Mas os benefícios ao coração superam qualquer risco associado aos quilos extras. Um estudo publicado no periódico "The Journal of the American Medical Association" mostrou que o aumento de peso variou de meio a 4,5 quilos entre os indivíduos que largaram o cigarro. Ainda assim, seis anos após terem abandonado o tabagismo, todos os voluntários da pesquisa apresentaram uma redução de 50% no risco de sofrer algum evento cardiovascular.

7- Menos sódio, mais potássio
Além de reforçar a ideia de que reduzir o consumo de sódio evita problemas cardíacos, uma série de estudos publicados no site da revista "British Medical Journal" revelou que ingerir maiores quantidades de potássio propicia o mesmo benefício. Uma alta ingestão do nutriente — encontrado principalmente em frutas, legumes e verduras frescas — pode diminuir em até 24% o risco de um acidente vascular cerebral (AVC). Já o consumo de sal, sugere a pesquisa, deve ser de no máximo 3 gramas por dia, menos do que os 5 gramas recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

8- Café da manhã
Homens que não tomam café da manhã têm 27% mais riscos de infartar ou sofrer uma doença coronariana. O dado, divulgado no periódico "Circulation", reforçou a importância da refeição, que deve fornecer energia suficiente para o corpo começar o dia. Segundo os cientistas, o hábito de pular o desjejum pode causar obesidade, pressão alta e diabetes — fatores de risco para doenças cardíacas.

Fonte: Veja 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis