Crato (CE): Jovem é perseguido por inimigos e tomba morto dentro de farmácia

Erivan Justino de Sousa, de 32 anos, apelidado por Paulista,
foi morto com oito tiros (Foto: Cícero Valério/Ag. Miséria)
Um homem tombou morto dentro de uma farmácia após ser perseguido por inimigos que o executaram com oito tiros de revólver. Por volta das 20 horas desta quarta-feira Erivan Justino de Sousa, de 32 anos, apelidado por Paulista, estava na Travessa Nova Olinda (Bairro Seminário) em Crato quando dois homens chegaram em uma moto atirando. A vítima ainda tentou fugir adentrando a Farmácia Sagrado Coração de Jesus, mas foi perseguida, atocaiada e morta dentro do estabelecimento.

Paulista residia na Rua Manoel Macedo daquele bairro e já tinha trabalhado como adestrador de cães. Segundo a polícia, o mesmo respondia vários procedimentos na justiça e tinha sido posto em liberdade há três dias. Comumente ia rever amigos na área onde foi morto. Uma viatura da FTA (Força Tática de Apoio) com o Cabo Oliveira e os Soldados Ladeiro e Claudio esteve no local e até diligenciou sem o êxito de identificar a dupla acusada.

Foi o segundo homicídio do mês de agosto e 24º do ano em Crato. O último destes tinha ocorrido por volta das 18 horas do dia 10 de agosto na Rua Nelson Alencar, em frente ao número 89 no centro. Ali foi morto a tiros o vendedor ambulante Francisco Hélio do Nascimento, de 52 anos, que residia no Distrito de Arajara em Barbalha. Ele foi alvejado com um disparo na cabeça e a polícia encontrou uma faca na cintura da vítima.

Em relação ao jovem assassinado ontem, Paulista tinha 26 anos quando foi preso pela primeira vez no dia 26 de fevereiro de 2008 sob a acusação de integrar uma quadrilha que vinha praticando assaltos em vários municípios do Cariri. Com ele estavam Cicero Edivanio dos Santos Davi, Francinaldo Ribeiro de Sousa, Francisco Dionisio de Sousa, Jesus Carlos de Sousa, Jose Caetano de Sousa, Marcelo Soares Alencar e Ricardo Feliciano da Silva.

Na época, a polícia recuperou vários objetos roubados, apreendeu armas e muita droga. A base do bando ficava em Crato e era monitorada pela polícia, inclusive com escuta telefônica autorizada pela justiça. Eles chegaram a praticar assaltos na residência de um juiz de direito e um engenheiro, ferindo o vigilante. Três motos usadas pelo grupo foram apreendidas.

Já no dia 19 de dezembro de 2008, Paulista voltou a ser preso juntamente com Raimundo Vieira de Lima, de 20, e Francisco José Vitorino Campos, de 19 anos. O trio viajava em um veículo Santana de cor azul no interior do qual a polícia encontrou um rifle puma calibre 38 e um revólver cano longo reforçado além de boa quantidade de munições e uma pequena porção de cocaína.

Mais recentemente, no dia 22 de janeiro de 2011, Paulista foi preso sob a acusação de envolvimento no assalto contra uma agência lotérica em Jucás. A ação foi filmada e a polícia sabia que o grupo tinha fugido na direção de Crato quando, dias depois, reconheceu Paulista no cruzamento das ruas Barbara de Alencar e João Pessoa no centro de Crato. Na lotérica, ele e dois comparsas tornaram funcionários reféns quando roubaram todo o dinheiro dos caixas. “Eles ficaram o tempo todo dizendo que não reagisse, por que se não mataria uma de nós três, pois não tinham nada a perder", disse na época a dona do mercantil onde funciona a lotérica.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria



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