Crato (CE): Confronto entre facções rivais deixou clima tenso na cadeia pública

Grupos rivais tentaram se digladiar no interior da cadeia
pública de Crato. (Foto: Reprodução / TV Site Miséria)
A polícia impediu o confronto de dois grupos rivais que tentaram se digladiar no interior da cadeia pública de Crato nesta quinta-feira. Os detentos queriam fazer um acerto de contas, mas uma equipe da Força Tática de Apoio (FTA), comandada pelo Tenente Bertoleza, chegou a tempo para acalmar os ânimos. O clima esteve tenso no cárcere em virtude das rixas.

Após conter o princípio de motim, os policiais aproveitaram para uma revista na cadeia recolhendo 18 cossocos (armas artesanais), quatro aparelhos celulares e uma “Tereza” (junção de cordas e redes para a escala de muros). O parente de um detento que esteve na cadeia denunciou a imposição de “castigos”, como ficar sem visitas ou banhos de sol, a presidiários quando tentar atirar drogas ou celulares para o interior do cárcere.

No último dia 23 de julho, uma vistoria na cadeia de Crato resultou na apreensão de 103 trouxinhas de maconha, 10 pedras de crack e cinco cossocos. A guarnição de serviço tinha notado uma movimentação estranha a exemplo de batidas em quatro celas da vivencia masculina e quando os agentes foram averiguar encontraram as substâncias entorpecentes, além de cossocos, baterias para celulares, um carregador, três baldes de 20 litros com cachaça artesanal e 12 celulares.

Bem antes, no dia 14 de maio, além de 40 cossocos foram recolhidos 26 aparelhos celulares, 50 gramas de maconha e muitos outros objetos. Os detentos não gostaram da revista e atearam fogo em colchões, quebraram grades e destruíram as câmeras do circuito interno. O motim deixou um saldo de cinco das 12 celas com capacidade para 126 pessoas destruídas a exemplo dos bancos de alvenaria e arrombaram três grades, mas foram barrados.

Já no dia 4 de junho, nova revista feita na cadeia resultou na apreensão de 32 cossocos. As buscas foram motivadas pelas informações de agentes penitenciários sobre barulhos estranhos na noite anterior semelhantes a escavações. PMs e agentes não encontraram buracos, mas voltaram a se surpreender com a quantidade de armas artesanais que os detentos tinham atirado fora.

No dia 26 de junho, sete aparelhos celulares e mais um chip envoltos em esponjas e fita adesiva foram encontrados naquela unidade prisional quando o agente penitenciário Thiago Silva se dirigia até a vivência feminina e se deparou com os dois pacotes no chão. O Sargento José Matias Lima, Comandante da Guarda da Cadeia, disse que tinha ouvido, na noite anterior, um barulho estranho na área externa da cadeia.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria



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