#SomosTodosMacacos e a sensação horrível de ser enganado

Não queria que você soubesse por mim, mas preciso te contar uma coisa, caso você ainda não saiba: a hashtag #somosotodosmacacos, do Neymar, surgiu por conta de uma ação de marketing de uma agência de publicidade em São Paulo. Terrível, né? Pior ainda é o Luciano Huck, que no dia seguinte ao episódio de racismo contra o Daniel Alves, já estava vendendo uma camiseta com estampa de banana. Não à toa, todo mundo achou oportunista, pra dizer o mínimo.

Mais uma coisa: lembra daquele viral dos estranhos se beijando, que emocionou todo mundo e passou até no Fantástico? Também era uma ação. De uma marca de roupas. E os estranhos, embora fossem realmente estranhos uns aos outros, eram atores e músicos.

A essa altura, você provavelmente já sabia disso tudo. Mas é que eu queria te fazer lembrar da sensação de ser enganado – de ver uma ação espontânea de produção de conteúdo na web ser desmascarada em seguida com a informação de que ela foi pensada por um grupo de publicitários para vender uma marca ou promover um conceito.

Ruim, né? Ninguém gosta de sentir essa espécie de ressaca. Eu cansei de discutir com amigos menos conectados sobre vídeos virais que eles juravam que eram ações de marcas – porque todo mundo já fica meio alerta quando aparece algo muito bom. E frequentemente tá todo mundo certo em ficar com o pé atrás. Mas a gente quer viver em um mundo em que estejamos permanentemente de ressaca por que marcas cada vez mais estão por trás da produção de conteúdo?

Fonte: Youpix



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