Juazeiro do Norte (CE): Empresários pedem ampliação de aeroporto

Empresários de diversos setores da economia de Juazeiro do Norte realizaram, na manhã de ontem, uma manifestação pacífica em frente ao terminal de desembarque do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes. O objetivo era chamar a atenção das autoridades para a necessidade de liberação de recursos para o pagamento dos depósitos judiciais referentes à desapropriação de terrenos próximos ao sítio aeroportuário, no valor de R$ 15,8 milhões, cujo prazo se encerrou no fim da tarde de ontem.

O valor teria sido assegurado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), mas acabou sendo contingenciado no fim de 2013 pelo Ministério do Planejamento, acarretando prejuízos ao projeto de expansão do aeroporto.

Conforme havia sido acordado entre a Prefeitura de Juazeiro do Norte, proprietários dos terrenos em questão e a Infraero, os depósitos deveriam ter sido feitos em dezembro do ano passado. No entanto, a Infraero, que também é responsável pela liberação dos recursos, solicitou à Justiça um prazo de 90 dias para iniciar os pagamentos. O pedido foi atendido pelo juiz federal José Eduardo de Mello Vilar Filho, titular da 16ª Vara Federal de Juazeiro do Norte, no último dia 17 de dezembro.

Pressão
Ontem, data limite para a realização dos depósitos indenizatórios, além do empresariado local, representantes de segmentos organizados da sociedade também aproveitaram para reivindicar maior atuação da bancada cearense no Congresso Nacional como forma de pressionar os ministros Miriam Belchior e Moreira Franco, do Planejamento e da Aviação Civil, respectivamente, a encontrarem uma solução para o problema.

"O que nós estamos buscando com esse movimento é sensibilizar o governo federal, as autoridades representativas do Ceará e a própria Infraero para a seriedade da situação", observou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Juazeiro do Norte, Michel Araújo.

Prejuízos
De acordo com o líder classista, caso não seja efetivado o projeto de expansão do sítio portuário, o município poderá enfrentar uma desaceleração no setor econômico, gerando, a partir daí, inúmeros prejuízos.

"Já se percebe a diminuição no número de passageiros nos terminais de embarque e desembarque, bem como de empresas de aviação que utilizam o aeroporto", lamenta Araújo.

"Caso nenhuma ação seja adotada como forma de garantir as obras de expansão do equipamento, nós poderemos verificar, em pouco tempo, retração nas vendas do comércio, o que acarretaria em diminuição de vagas no mercado de trabalho e, consequentemente, diminuição do poder econômico de Juazeiro do Norte e de toda a região do Cariri", alertou o presidente da CDL de Juazeiro do Norte.

A equipe de reportagem entrou em contato com o superintendente do Aeroporto de Juazeiro do Norte, Roberto Germano de Souza Araújo. No entanto, a sua secretária informou que ele passou a tarde em reunião e que, por isso, não seria possível atender às ligações.

ROBERTO CRISPIM
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste



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