F-1: Uma nova experiência em 2014

O fã de automobilismo terá uma nova experiência aos domingos e a responsável por isso será justamente a principal categoria do esporte a motor: a Fórmula 1. Renovada e com drásticas mudanças, o 'Circo' tem início neste fim de semana e já coloca, hoje, a partir das 22h (horário de Brasília, os novíssimos motores V6 turbo, de 1,6 litro para roncar nas ruas de Albert Park, em Melbourne, na Austrália. Nas pistas, a revolução no regulamento promete mudar o cenário de forças e derrubar um certo tetracampeão.

Equilíbrio, incertezas e confiabilidade. Estas três palavras devem tanger o Mundial-2014 da Fórmula 1. A pré-temporada reuniu as equipes para 12 dias de testes, de janeiro até março deste ano, e as sessões evidenciaram mais do que muitos imaginavam anteriormente.

A Mercedes surgiu como a favorita ao título e deve ter em seu encalço as escuderias McLaren, Ferrari, Force India e Williams - não necessariamente nessa ordem. Apenas esses times lideraram sessões em Jerez de La Frontera (Espanha) e em Sakhir (Bahrein).

Na contramão do que se viu nos anos anteriores estão os times que utilizam o motor Renault. O problema nos V6 franceses atingiu em cheio a superpoderosa Red Bull, que pouco conseguiu fazer em Jerez e em Sakhir e se viu comemorando cada uma das raras voltas completadas como se fosse uma vitória - ato com o qual se acostumou desde a última grande mudança de regulamento, na temporada 2009. Junto aos rubro-taurinos, seguem as equipes Caterham, Lotus e Toro Rosso.

Treinos levados a sério
Apesar de deixar algumas incertezas, uma coisa não revela dúvidas, a pré-temporada foi levada muito a sério, superando a descrença de muitos sobre o quanto os testes podem revelar a situação real das escuderias. Compartilham desta visão os jornalistas Américo Teixeira Júnior, do site "Diário Mortosports", e Bruno Vicaria, editor da revista "Car".

"Neste ano é bem mais diferente, estão todos levando os treinos a sério. Tanto que as primeiras etapas devem ser usadas elas equipes para, ainda, tatear terreno. Será uma extensão da pré-temporada", avaliou Vicaria.

"Como todo ano em que há um novo regulamento, a gente pode ter na Austrália e nas primeiras corridas uma situação mais equilibrada. Aqueles que leram o regulamento de forma mais eficiente deve se dar bem no início e terão menos trabalho que as demais, que ainda terão muito a testar", corroborou Teixeira Júnior.

A monotonia, que havia virado quase que um sinônimo de Fórmula 1 para alguns nas últimas temporadas, também deve ficar de fora do Mundial-2014. Como ficou exposto nos treinos preparatórios, cinco times largam na frente em pé de igualdade, além, é claro, da RBR. O desenvolvimento durante a temporada será peça fundamental na conquista do título, e, por isso, nenhuma grande equipe pode ser descartada dessa briga pela glória do título mundial.

"Espero que tenha mais equilíbrio que nos anos anteriores. Tudo indica que podemos ter escuderias de meio de pelotão, como Force India e Sauber, brigando na primeira fila. Também não descarto a Red Bull. Não duvido do gênio Adrian Newey (projetista da RBR)", pontuou Bruno Vicaria.

O jornalista Américo Teixeira Júnior seguiu a mesma linha de pensamento: "acredito em um campeonato muito disputado e com passar do tempo as grandes vão conseguir recuperar. Talvez os times que estão em desvantagem hoje não alcancem o mesmo estágio de superioridade de antes, mas entrarão na disputa".


Fonte: Diário do Nordeste


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