Ronaldo Gomes de Matos – Procura-se vivo ou morto

A avalanche de votos que o prefeito Ronaldo Gomes de Matos recebeu – na recente eleição -, mostrou o desejo de mudança do cratense. Não suportava mais conviver com o caos em que se encontrava a sua cidade. Problemas eternos que ele esperava ser resolvido, simplesmente foram ignorados há décadas. Muito claro o recado – sem brigas, sem discussões, usou apenas o voto.

Ocorre que Samuel Araripe não esperava esse fato inédito na política cratense, tinha absoluta certeza e certeza absoluta de que faria o seu sucessor, suas contas seriam aprovadas, candidatava-se a deputado estadual, ganharia e tudo seria como nas histórias românticas – felizes para sempre. Claro que toda a casta em torno dele seria mantida. Com a eleição do sucessor, dar-se-ia um jeito de encobrir a cidade destroçada e apresentar, por mais quatro anos, a ilha da fantasia.

De repente, o Crato começa a ressurgir e, aos poucos, observam-se realizações que incomodam porque, de tão simples, a primeira pergunta que se faz é mais que evidente – “por que isso não foi feito”? E a segunda, mais óbvia ainda – “por que se passaram tantos anos e acharam por bem que não deveriam fazê-la”? A consequência é que todos os dias um ódio profundo e irracional é exalado contra o prefeito Ronaldo. Ódio de inimigo, não de oposição. Oposição é outra realidade, é outro modo de encarar as flexibilidades da política. Inimigo só enxerga defeitos, quer ver a caveira do outro, quer anulá-lo, quer mais que ele se dane. É ódio mesmo, nada de amor pela cidade, finge, apenas, que a ama.

Ao procurar o inimigo que pensa ser, esquece-se de que no cartaz de busca havia duas opções – VIVO ou MORTO. Prefere a segunda à primeira. A mais frustrante decepção é não perceber que a esmagadora parte dos eleitores que elegeu Ronaldo Gomes de Matos pede mais respeito pela escolha feita nas urnas. Querem apenas que o deixem em paz para que a cidade possa renascer das cinzas. Não deseja que o seu problema pessoal, motivado por algumas subtrações, interfira no desejo de concretizar um crescimento.

Reconhecer mudanças é simples, mas difícil para quem nunca conviveu com elas.

Por: Augusto Monteiro, professor

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