Crato (CE): Município promove seminário sobre extrativismo do pequi e reúne representantes da cadeia produtiva

Extrativistas da região estiveram reunidos na manhã de ontem, em Crato, durante o Seminário Pequi: Extrativismo e Agricultura Familiar, para debater melhores condições de uso sustentável do pequi para as comunidades tradicionais do entorno da Chapa do Araripe. O evento contou, principalmente, com a presença dos produtores da agricultura familiar que atuam no segmento, para debater suas principais condições de atuar com o extrativismo. O evento foi promovido pela Prefeitura Municipal do Crato, em parceria com secretarias da administração e a Fundação Araripe.

Participaram dos debates representantes de várias instituições ambientais, a exemplo do Ibama, ICMbio e Aquasis, que atua com o projeto de preservação do pássaro Soldadinho-do-Araripe, além de várias entidades ligadas aos trabalhadores rurais. O objetivo do encontro foi ampliar o debate com os produtores.

O evento foi realizado por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano do Crato e Secretaria de Cultura. Segundo a coordenadora da Gastronomia da Secult, Soraya Piancó, o encontro com os produtores foi uma forma de ampliar o debate sobre a cadeia produtiva do pequi e discutir melhores condições de sustentabilidade e viabilidades para o produtor.

Com isso, os produtores colocaram pontos importantes, como uma melhor organização da categoria. O chefe da Floresta Nacional do Araripe, William Brito, destacou a importância de preservação da espécie, com o plantio de novas mudas na floresta, além das melhoria do fruto para comercialização, ao mesmo tempo em que ressaltou a valorização do produto. Ele ainda enfatizou a necessidade de se buscar a sustentabilidade do pequi, para que não haja comprometimento da espécie em poucos anos. Também foi realizada palestra sobre pesquisa com pequi, com professor doutor do Departamento de Enfermagem da Urca.

O agricultor da Baixa do Maracujá, Antônio da Hora, destacou a valorização do pequi ao longo das últimas décadas. Nos anos 60, segundo ele, o fruto servia de alimentação para os animais. Ressaltou, ainda, a necessidade de organização dos agricultores. O evento contou ainda com a presença dos representantes das pastas do Meio Ambiente, Stephenson Ramalho; da Secretária de Cultura, Dane de Jade; o Secretário de Agricultura, Henrile Pìnheiro; e do presidente da Fundação Araripe, Pierre Gervaiseau. Teve também representes do Grunec, Associação Cristã de Base (ACB), Cáritas Diocensana e Geopark Araripe. O seminário foi aberto com apresentação artística, contou com um café-da-manhã de recepção aos participantes e foi finalizado com almoço ao gosto de pequi.

Assessoria de Imprensa / PMC



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