Sua saúde: 20 descobertas fascinantes da medicina

Rodovias de sangue, um sistema imunológico que é um verdadeiro guarda-costas, ossos em constante reconstrução – o projeto do corpo é genial. Aqui, duas reportagens paralelas: 1) os avanços da medicina que o manterão funcionando bem durante anos e 2) as coisas extraordinárias que o organismo faz todo dia.

1. Melhor detecção de AVCs
Imagine que você sinta uma tontura e desconfie estar sofrendo um acidente vascular cerebral. Minutos preciosos para salvar sua vida vão se passar até que decida ir ao hospital, ou enquanto espera para fazer uma tomografia ou ressonância magnética. Agora, um novo exame é capaz de verificar rapidamente se a tontura é causada por um AVC ou se é simplesmente uma vertigem, e evitar o diagnóstico errado de AVC. No exame, o paciente usa óculos ligados a um computador com câmera que grava um vídeo dos olhos: estes fitam um alvo na parede enquanto o médico move a cabeça do paciente de um lado para outro. (Se for apenas tontura, os olhos se movem; no caso de AVC, eles permanecem concentrados no alvo.) O exame identifica corretamente a causa em 99% dos casos, de acordo com seu criador, o Dr. David Newman-Toker, neurologista do Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, nos EUA. O nível de exatidão é mais alto que o das tomografias e ressonâncias.

2. Proteção para todos os atletas
Constatar quando os jogadores sofreram golpes na cabeça – não apenas concussões, mas golpes menores que podem ser igualmente prejudiciais – é uma grande preocupação de treinadores, atletas profissionais e pais de crianças nas categorias de base. Dois aparelhos que podem ser acoplados ao corpo tornam bem mais fácil determinar se um jogador sofreu alguma lesão preocupante na cabeça. O gorro CheckLight (utilizado com ou sem capacete por cima) tem sensores que identificam a força, a duração e a localização dos impactos na cabeça. Golpes moderados disparam uma luz piscante amarela; os graves acendem uma luz vermelha. Por enquanto, o CheckLight só está disponível nos EUA e é comercializado pela Reebok em parceria com a empresa de eletrônica mc10. Outra opção é o xPatch, sensor adesivo sem fio usado atrás da orelha para transmitir informações sobre lesões para um computador remoto. A X2 Biosystems, empresa que o desenvolveu, afirma que o adesivo estará à venda no ano que vem. O Dr. Robert C. Cantu, neurologista e pioneiro em trauma cerebral, disse ao The New York Times que é favorável ao uso desses aparelhos mas que eles não deveriam ser empregados para diagnosticar concussões.

3. Alimentos para baixar a pressão
Óleo de gergelim e de farelo de arroz: De acordo com uma pesquisa, quem cozinhou com uma mistura desses dois óleos vendidos em lojas de produtos naturais teve uma queda da pressão arterial quase comparável à redução conseguida com medicamentos. Os pesquisadores acreditam que o efeito se deve aos ácidos graxos e antioxidantes dos óleos, como sesamina, sesamol, sesamolina e orizanol.

Batata roxa: A ingestão de duas pequenas porções dessa batata – conhecida como Purple Majesty –, por dia reduziu em cerca de 4% a pressão arterial sem provocar ganho de peso, de acordo com um estudo da Universidade de Scranton, na Pensilvânia (EUA), publicado ano passado. Os pesquisadores acreditam que a queda provavelmente se deve ao nível elevado de compostos antioxidantes presentes nesse tubérculo colorido. Outros estudos identificaram em todas as batatas substâncias com efeito redutor da pressão semelhante ao dos inibidores de ECA, um tipo de medicamento para o controle da pressão.

Suco de beterraba: Pessoas com pressão alta que tomaram cerca de 240 ml de suco de beterraba viram a pressão cair por volta de 10 mm Hg, de acordo com um estudo. O ingrediente mágico: nitratos que se transformam em óxido nítrico, gás que alarga os vasos e melhora o fluxo sanguíneo. Um copo por dia pode ajudar a manter a pressão arterial num nível mais baixo e saudável.

4. O suplemento que os médicos amam
A coenzima Q10 – substância que o corpo produz naturalmente em pequena quantidade – reduziu a cerca da metade a taxa de mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca, de acordo com um estudo muito elogiado apresentado no Congresso Internacional de Insuficiência Cardíaca de 2013. “A coenzima Q10 pode ser assim tão benéfica por estimular as células cardíacas a produzir mais energia”, explica o Dr. Clyde Yancy, chefe da cardiologia do Hospital Northwestern Memorial de Chicago (EUA), embora ele acredite que são necessárias mais pesquisas para que a substância seja recomendada a pacientes em geral. O estudo verificou que quem sofria de insuficiência cardíaca crônica e tomou 100 mg de suplementos de CoQ10 três vezes por dia (associados aos medicamentos regulares) teve metade da probabilidade de sofrer complicações cardiovasculares graves em comparação com os pacientes que não tomaram o suplemento.

5. Genes que preveem o sucesso da cirurgia bariátrica
Alguns pacientes obesos perdem 60% do peso depois da cirurgia bariátrica, mas outros lutam para eliminar apenas 15%. Agora, os candidatos à cirurgia são capazes de saber com antecedência quanto é provável que percam, graças a um pesquisador do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, que identificou uma variação genética no cromossomo 15. Ao que parece, ele influencia a resposta do indivíduo à cirurgia gástrica. Os pacientes com duas cópias da versão benéfica desse gene perderam cerca de 40% do peso; os que tinham apenas uma cópia eliminaram cerca de 33%. O único azarado sem cópia alguma perdeu menos de 30%. (Em pessoas muito obesas, isso pode significar uma diferença de 15 kg a 20 kg.) A equipe vem estudando 12 outras variantes genéticas capazes de influenciar o resultado da cirurgia e planeja desenvolver nos próximos dois anos um exame para determinar quem é um bom candidato.

6. Obesidade é doença
Maior grupo de médicos dos Estados Unidos, a Associação Médica Americana aprovou este ano a classificação da obesidade como doença que exige “uma variedade de intervenções”. Espera-se que essa importante decisão, com grande apoio de cardiologistas e endocrinologistas, influencie a cobertura pelos planos de saúde de tratamentos como orientação psicológica, medicação e cirurgia para o emagrecimento. Ao elevar a obesidade a mais que um fator de risco para outras doenças, a nova classificação deve ajudar os pacientes a perceber que a obesidade não é apenas uma questão comportamental e que se deve a mudanças na química cerebral e corporal que dificultam o emagrecimento. Deve também estimular os médicos a ter papel ativo no peso dos pacientes, diz o Dr. Louis Aronne, diretor do Programa de Controle do Peso do Hospital Presbiteriano de Nova York/Faculdade Weill Cornell.

7. Medicamento que arrasa a glicemia
Os endocrinologistas só falam do Invokana, novo medicamento para o diabetes tipo 2 aprovado pela FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos nos EUA). Ao contrário de outros remédios que baixam a quantidade de glicose absorvida dos alimentos, o Invokana “faz a pessoa eliminar o açúcar do sangue pela urina”, diz o Dr. Ronald Tamler, diretor do Centro de Diabetes Monte Sinai, em Nova York. Um estudo publicado em abril constatou que os pacientes que acrescentaram o Invokana ao tratamento para o diabetes tiveram melhora significativa do controle da glicemia, maior que a dos pacientes que acrescentaram outro medicamento que estimula o organismo a liberar a insulina após as refeições. O Invokana produz um emagrecimento modesto (cerca de 1 kg por ano) e baixa a pressão arterial. Infelizmente, também possui um efeito colateral indesejado: aumenta o risco de infecções fúngicas.

8. A alimentação mais saudável
Durante anos, comer como um grego foi louvado como o nirvana alimentar: onde mais seria possível ingerir nozes e castanhas à vontade e se deliciar com pão encharcado de azeite? Na última década, médicos e nutricionistas passaram a promover o estilo vegano – que exclui produtos de origem animal – e a paleodieta – em que se come apenas o que se pode caçar ou colher, como um homem das cavernas –, e essa alimentação foi deixada de lado. Porém, a dieta mediterrânea está de volta; dois estudos importantes e recentes confirmaram seus poderosos benefícios à saúde:

Cérebro mais poderoso: Pessoas saudáveis que seguiram essa alimentação tiveram uma probabilidade 19% menor de sofrer problemas de memória, segundo um estudo do campus de Birmingham da Universidade do Alabama com mais de 17 mil participantes.

Coração mais saudável: Quem comeu no estilo mediterrâneo teve probabilidade 30% menor de morrer de doença cardiovascular ou sofrer um AVC, de acordo com um estudo espanhol em que mais de 7 mil participantes foram acompanhados durante 8 anos, recentemente publicado na revista New England Journal of Medicine.

9. Solução para acalmar o intestino
Um antídoto eficaz para infecções intestinais resistentes a antibióticos pode não vir do armário de remédios, mas do vaso sanitário. Com um procedimento chamado informalmente de transplante de fezes, os pesquisadores constataram que passar fezes de uma pessoa saudável para um intestino infectado com a C. difficile, bactéria letal, curou 15 de 16 casos persistentes (apenas um terço dos pacientes que só tomaram antibiótico melhorou), de acordo com um estudo de 2013 publicado na New England Journal of Medicine. As fezes dos doadores são diluídas em solução salina e inseridas no intestino por meio de clister ou colonoscopia; as bactérias saudáveis acabam com a C. difficile. Os médicos começaram a recomendar transplantes de fezes para outros problemas intestinais, como colite ulcerativa e doença de Crohn. “Esperamos que, no futuro, haja bancos de fezes como há bancos de sangue e de esperma”, diz o Dr. Lawrence Brandt, professor de Medicina e Cirurgia no Centro Médico Montefiore, em Nova York.

10. Nova pílula para dormir
Até o fim do ano, espera-se que a FDA aprove uma nova pílula para dormir que empolgou os cientistas. “O Suvorexant inibe os neurônios do cérebro que promovem o estado de vigília. É um processo de indução de sono mais natural que o dos outros comprimidos para dormir receitados normalmente, que funcionam aumentando o nível de GABA, substância que retarda a atividade cerebral e produz sonolência”, explica Michael Breus, Ph.D. e especialista em sono. O resultado é um sono possivelmente com mais qualidade e menos efeitos colaterais, como sonolência no dia seguinte e problemas de memória. Se você não consegue dormir o suficiente, talvez o Suvorexant seja uma boa opção a curto prazo, mas Breus e o Dr. Timothy Morgenthaler, especialista em sono da Clínica Mayo, insistem que o melhor resultado é obtido quando se muda o comportamento na hora de se deitar, como desligar o computador, o celular, e não ficar olhando o relógio.

11. Exame de apneia feito em casa
Em geral, para determinar se há apneia do sono é preciso passar a noite em laboratórios especiais ou nas chamadas “clínicas do sono”, que costumam ficar longe de casa. Eletrodos são colados na cabeça, no dedo, no rosto e no peito para medir funções como a atividade cerebral, e cintos elásticos são postos na barriga e no peito para avaliar a respiração. Não admira que possa levar anos para um cônjuge convencer o outro a buscar a causa do ronco enlouquecedor. Embora os exames de sono domésticos já existam há alguns anos, a maioria dos médicos acredita que os exames feitos em casa são menos confiáveis que os realizados em laboratório. Mas uma pesquisa publicada ano passado na revista Sleep constatou que o resultado dos exames domésticos é tão preciso quanto o dos realizados em laboratório. E a maioria dos planos de saúde cobre esses exames. O médico pode solicitar o exame doméstico, no qual se usa um pequeno módulo no pulso ligado a três sensores instalados no peito, num dos dedos e debaixo do nariz. Um alerta: os exames são muito precisos em caso de apneia do sono moderada a grave, mas às vezes não detectam os casos mais leves, como explica o Dr. Morgenthaler. Aos pacientes com fatores de risco (como estar acima do peso e se queixar de fadiga durante o dia), ele aconselha a realização de um estudo de acompanhamento em laboratório caso o resultado do exame doméstico seja negativo.

12. Exames que revelam o câncer mais cedo
Tomografias computadorizadas do pulmão: Os médicos têm relutado em pedir esses exames rotineiramente porque custam caro e emitem radiação com potencial de provocar câncer. Mas novas pesquisas mostram que o custo e o risco compensam: os exames revelaram sinais potenciais de câncer em 27% dos pacientes contra 9% dos que fizeram radiografias, de acordo com um estudo com mais de 53 mil participantes publicado na New England Journal of Medicine. As tomografias também tiveram probabilidade muito maior de revelar o câncer de pulmão num estágio mais precoce e tratável. A quem fuma ou é ex-fumante com mais de 55 anos e histórico de pelo menos um maço por dia por 30 anos (ou dois maços por dia durante 15 anos) aconselha-se fazer uma tomografia computadorizada de baixa dosagem de radiação por ano.

Exames de Papanicolaou para câncer de ovário e endométrio: O exame que reduziu drasticamente a taxa de câncer cervical pode ser usado agora para outras doenças ginecológicas. Na amostra de fluido cervical obtida com o exame, os patologistas conseguem encontrar mutações dos genes que se alteram com mais frequência nos cânceres de ovário e endométrio, de acordo com um novo estudo da Universidade Johns Hopkins. “O exame encontrou quase 50% dos cânceres de ovário e 100% dos cânceres de endométrio, o que é fantástico”, diz o Dr. Ernest Hawk, vice-presidente da divisão de prevenção do câncer e ciências populacionais do Centro de Câncer Dr. Anderson da Universidade do Texas. Muitas vezes esses cânceres são fatais por serem difíceis de perceber e o diagnóstico acabar acontecendo em estágio avançado.

Teste do bafômetro para câncer de cólon: De acordo com um estudo italiano recente, um exame simples do hálito pode identificar corretamente, em mais de 75% dos casos, os pacientes com câncer de cólon. Os pesquisadores analisaram a composição química do hálito de 37 pessoas com câncer colorretal e 41 sem câncer, e encontraram um padrão correspondente ao câncer. Em comparação, a colonoscopia – amplamente considerada o padrão-ouro dos exames de câncer de cólon – tem taxa de sucesso de 85% a 95%. Outros pesquisadores estudam maneiras de usar o bafômetro para verificar cânceres de pulmão, mama e próstata.

13. Cura segura para a tosse infantil
Agora há dados científicos sólidos por trás de um doce remédio proveniente da despensa. Crianças entre 1 e 5 anos que tomaram uma ou duas colheres (chá) de mel antes de dormir tossiram menos e dormiram melhor que as que não tomaram, segundo um estudo israelense publicado este ano. “O líquido espesso cobre o fundo da garganta, onde ocorrem certas tosses irritantes”, diz o Dr. Ian Paul, pediatra da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual da Pensilvânia. “E o mel contém vários antioxidantes que podem ajudar a combater o resfriado. Além disso, o fato de ser tão doce provoca salivação que dissolve o muco, e a doçura também pode acalmar o centro da tosse no cérebro.” Embora todos os tipos de mel pareçam funcionar, o Dr. Paul recomenda principalmente o mel de trigo-sarraceno (vendido em lojas de produtos naturais), rico em antioxidantes. Um alerta: crianças com menos de 1 ano não devem ingerir mel.

14. Estratégia à prova de gripes
Aumentar o nível da umidade relativa no ambiente para 43% ou mais tornou imediatamente impotentes 86% dos vírus da gripe no ar, de acordo com um novo estudo dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos.

“A teoria é que, quando as gotículas de água aderem a gotículas de vírus no ar, estas ficam tão pesadas que caem e não podem ser inaladas”, explica John Noti, Ph.D., autor do estudo e funcionário graduado da divisão laboratorial de efeitos sobre a saúde do Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA.

Noti recomenda regular o umidificador num nível um pouco mais baixo, entre 30% e 40%. Esse nível emite vapor d’água suficiente para combater a gripe sem favorecer o surgimento de mofo, que pode provocar alergia.

15. Combate à gripe sem injeções
Um novo borrifador nasal pode tornar coisa do passado as pandemias de gripe, de acordo com uma pesquisa recente da Universidade da Pensilvânia. O Dr. James Wilson, Ph.D. e guru da terapia genética, descobriu com a sua equipe um anticorpo raro capaz de combater muitas cepas de vírus da gripe. Para estimular o sistema imunológico a produzir esse anticorpo, os pesquisadores usaram um veículo sofisticado para ministrá-lo: os genes de um vírus muito suave chamado vírus adenoassociado (AAV).

Quando os cientistas inseriram o gene do anticorpo no vírus AAV e depois o instalaram no revestimento nasal de camundongos, os animais produziram anticorpos de combate a vírus que deram proteção completa contra cepas letais de gripe.

“Esses anticorpos neutralizam uma grande variedade de vírus da gripe e, ao contrário das vacinas, o borrifador não precisaria ser recriado todo ano”, explica o Dr. Wilson. Ele pode colaborar com o governo americano para desenvolver uma versão para pandemias de gripe.

16. Leitura fácil com visão borrada
Muitas pessoas com mais de 65 anos sofrem de perda de visão que não pode ser corrigida com óculos, como a degeneração macular associada ao envelhecimento.

Pesquisadores constataram que pacientes com visão prejudicada melhoraram a velocidade de leitura em, no mínimo, 42 palavras por minuto ao usarem um iPad com letras no corpo 18 em comparação à leitura de um livro ou jornal impresso, de acordo com um estudo.

Os especialistas acreditam que a tela luminosa do aparelho, que cria contraste entre as palavras e o fundo, seja a responsável. (Os pacientes que usaram o Kindle original, cuja tela não era luminosa, conseguiram um ganho mais modesto de 12 palavras por minuto.)

17. A música cura mesmo
A música certa pode melhorar a saúde de várias maneiras:

Mantém a calma. Ouvir sua música favorita baixou em cerca de um terço a ansiedade de pacientes na UTI, de acordo com um estudo recente da Universidade do Estado de Ohio. E não, não serve qualquer música antiga: tem de ser bem conhecida e provocar nostalgia, de acordo com os pesquisadores.

Faz comer menos. Quando a cadeia de lanchonetes americana Hardee’s instalou em algumas lojas um ambiente agradável – que incluiu luz suave e jazz –, os fregueses comeram 18% menos e disseram gostar mais da comida, de acordo com um estudo da Universidade Cornell, de Nova York, publicado na revista Psychological Reports.

Melhora a concentração. Os concertos mais animados das Quatro estações de Vivaldi promovem a atenção mental, de acordo com uma pesquisa da Universidade da Nortúmbria, no Reino Unido.

Quando alguns jovens tiveram de cumprir uma tarefa que exigia concentração intensa, o resultado foi melhor quando ouviram o animado concerto “Primavera” do que quando ouviram o mais lento e soturno “Outono”.

18. Agulhas que relaxam
Faz tempo que a acupuntura é recomendada como tratamento para tudo, da infertilidade às enxaquecas. Agora novas pesquisas mostram que ela ajuda a aliviar o estresse, de acordo com uma série de estudos do Centro Médico da Universidade Georgetown, em Washington (EUA). “Quando examinamos ratos expostos a estresse crônico – no caso, um banho raso e gelado durante uma hora por dia –, verificamos que aqueles tratados com acupuntura não tinham picos do hormônio liberador de corticotropina (CRH), substância química do cérebro que dispara os hormônios do estresse”, explica Ladan Eshkevari, Ph.D., autor do estudo, professor-assistente do Centro Médico da Universidade Georgetown e acupunturista. Hoje, muitos planos de saúde cobrem a acupuntura para tratar depressão e ansiedade, mediante encaminhamento médico. O tratamento padrão consiste de duas sessões por semana durante duas semanas, uma por semana durante seis semanas e, depois disso, sempre que necessário.

19. Beba e escute melhor
Os especialistas conhecem há anos a capacidade do resveratrol – substância encontrada em uvas e vinho tinto –, de ajudar no combate à doença cardíaca, a certos tipos de câncer e ao diabetes. Agora eles podem acrescentar à lista a perda de audição. Os ratos que receberam suplementos de resveratrol antes de serem expostos a ruídos altos tiveram perda de audição muito menor que os que não receberam.

O estresse oxidativo – ou “ferrugem” do corpo – afeta a perda de audição ligada à idade, e parece que o resveratrol, um antioxidante potente, ajuda a retardar essa perda, como explica o Dr. Michael Seidman, autor do estudo e diretor da divisão de cirurgia otológica/neurotológica do Sistema de Saúde Henry Ford, em Detroit (EUA).

Mas, como há muitos compostos no vinho tinto que podem ter efeito antioxidante – como os taninos e o extrato de semente de uva –, o Dr. Seidman sugere obter os benefícios com uma taça de 180 ml de vinho tinto por dia em vez de suplementos.

No caso dos abstêmios, um copo de 240 ml de suco de uva fará o mesmo efeito.

20. Evite problemas com remédios
Tomar remédios ao acaso, pulando doses ou permitindo lapsos antes de voltar a tomá-los, gera despesas desnecessárias com assistência médica. Agora dois novos avanços pretendem melhorar a obediência à medicação:

Sensores engolidos: Um sensor do tamanho de uma semente de papoula instalado nos comprimidos pode monitorar se o paciente tomou ou não o remédio.

O ácido do estômago ativa o sensor, que transmite os dados para um adesivo na pele que, por sua vez, manda a informação para um aplicativo de celular que pode ser acessado pelo médico e por familiares para acompanhar se a medicação foi tomada corretamente.

Nos Estados Unidos, o produto da empresa de tecnologia Proteus Digital Health recebeu aprovação da FDA no ano passado e deve ser comercializado daqui a cerca de um ano.

Embalagens inteligentes: A AdhereTech criou vidros de remédio que medem o número exato de comprimidos neles contidos e transmitem – por meio de um telefonema ou torpedo automático –, essa informação aos pacientes para lembrá-los de tomar o remédio.

A empresa espera que essa tecnologia esteja disponível no segundo semestre de 2014; os estudos clínicos começam este ano.

Fonte: Seleções



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