Barbalha (CE): Secretaria de Saúde promove palestra sobre hanseníase

Durante toda esta quarta-feira (23) acontece no prédio da ETSUS (Escola Técnica do SUS) de Barbalha, palestra sobre hanseníase com a Dra. Ana Fátima Teixeira, da Coordenadoria de Controle de Hanseníase da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. A palestra é direcionada aos médicos e enfermeiros do PSF do município de Barbalha.

A Dra. Ana Fátima Teixeira afirma que o município de Barbalha está inserida no cluster 6 (em uma escala de 0 a 10), sendo prioridade do Ministério da Saúde. “No estado do Ceará, todos os postos de saúde dispõe de tratamento contra a doença. Por isso é importante que os médicos e os enfermeiros estejam capacitados. Como existe uma alta rotatividade desses profissionais é necessário esse treinamento. E Barbalha está sempre interessada. Já é a segunda vez que eu venho aqui e fico muito feliz em ver  que todos os profissionais comparecem”, afirmou.

A médica disse ainda que Barbalha não é uma cidade com altos índices de hanseníase, mas está próxima de duas cidades hiper endêmicas: Crato e Juazeiro. Por isso é importante a detecção e o tratamento da doença. “É muito importante que a Secretaria de Saúde estejam preparando os profissionais da saúde para que possam atender os casos que por ventura venham a aparecer”.

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A hanseníase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas na história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.

Com período de incubação que varia entre três e cinco anos, sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.

Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões.

O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.

O tratamento e distribuição de remédios são gratuitos e, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, em face do estigma que esta doença tem, não é necessário o isolamento do paciente. Aliás, a presença de amigos e familiares é fundamental para sua cura.

Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições. Entretanto, reações adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, é necessário buscar auxílio médico.

Assessoria de Imprensa / PMB



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