Com minuto de silêncio, EUA marcam 12 anos dos ataques de 11 de Setembro

Famílias das vítimas do pior ataque terrorista em solo americano na história se reuniram nesta quarta-feira para marcar o 12º aniversário do 11 de Setembro com um minuto de silêncio e a leitura dos nomes dos mortos.

Os ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington deixaram ao menos 3 mil mortos, e levaram os EUA a entrar em longas campanhas de guerra contra o Afeganistão e criou uma expansão dos poderes de monitoramento do governo, que continua a ser discutida até hoje.

O presidente Barack Obama, ao lado de Michelle Obama, caminhou até o lado de fora da Casa Branca às 8h46, para marcar o momento que um dos aviões sequestrados atingiu a primeira torre do World Trade Center, em Nova York. Obama também participará de cerimônia no Pentágono nesta quarta.

Os familiares e pessoas reunidos também fizeram um minuto de silêncio perto de Wall Street, em Nova York. "Não importa quantos anos passem, esse momento volta todo ano - e sempre da mesma forma", disse Karen Hinson, que perdeu o irmão Michael Wittenstein, de 34 anos. Seu corpo nunca foi encontrado.

Prosseguindo com uma decisão tomada no ano passado, nenhum político fará discursos sobre os atentados. A Casa Branca informou que deteminou um reforço de segurança em instalações norte-americanas no exterior do aniversário do 11 de Setembro, citando o ataque que matou quatro funcionários do país no ano passado em Benghazi .

"A equipe de segurança nacional do presidente está tomando medidas para prevenir ataques relacionados ao 11 de Setembro e para garantir a proteção de pessoas e instalações norte-americanas fora do país", disse a Casa Branca em comunicado.

A assessora de contraterrorismo de Obama, Lisa Monaco, ficou encarregada de revisar medidas de segurança para o aniversário. Quatro americanos, incluindo o embaixador dos EUA na Líbia na época, foram mortos em um ataque contra uma representação dos EUA em Benghazi, há um ano. O governo afirmou inicialmente que o ataque ocorrera devido à escalada de protestos contra o ocidente.

Depois, no entanto, revelou-se que extremistas islâmicos haviam lançado o ataque no aniversário do 11 de Setembro. O governo viu-se obrigado a se defender, durante meses, das críticas de que autoridades deliberadamente teriam aliviado a natureza do ataque para proteger a campanha à reeleição de Obama.

A Casa Branca informou que seus primeiros relatórios sobre o caso basearam-se em informações incompletas. "Os eventos do ano passado, a perda de quatro norte-americanos corajosos - Chris Stevens, Sean Smith, Glen Doherty e Tyrone Woods - trouxeram ao país a realidade dos desafios que enfrentamos no mundo", disse a Casa Branca.

Fonte: Último Segundo / iG



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