Expectativa de vida do cearense cresce 30% em 20 anos, diz Ipece

O Ceará obteve a 16ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), na dimensão longevidade, com índice de 0.793. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (13), pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).  O Ceará foi o nono estado que mais avançou em termos relativos, melhorando quase 30% entre 1991 e 2010. Nesse período, a expectativa de vida do cearense cresceu de 58 anos para 75.

O IDHM Longevidade tem como finalidade a o estudo do do nível e da estrutura de mortalidade de uma população. Seu objetivo é caracterizar o nível de desenvolvimento em aspectos relacionados com as condições de saúde, salubridade e segurança da população. O índice varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1, melhor a avaliação.

Considerando os anos de 1991, 2000 e 2010, o Ceará apresentou uma melhora absoluta no indicador e conseguiu melhorar sua posição em relação às demais unidades da federação (19° em 1991, 14° em 2000 e 16° em 2010). Entre os estados do Nordeste é o que ocupa a melhor posição no ano de 2010. A pesquisa mostra também que os estados que, em 1991, mostram os valores mais baixos para o indicador longevidade foram os que apresentaram as maiores evoluções. Paraíba, Maranhão e Alagoas foram os que conseguiram a maior evolução.

O indicador Longevidade considera a esperança de vida ao nascer, ou seja, o número médio de anos que as pessoas dos municípios viveriam a partir do nascimento, mantidos os

mesmos padrões de mortalidade observados em cada período. Segundo a pesquisa as maiores expectativas de vida ao nascer foram observadas no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Para se calcular o IDHM, são considerados três indicadores: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Considerando as três vertentes, o Ceará, assim como o Brasil, também teve mudanças positivas quanto ao seu grau de desenvolvimento nos últimos 20 anos.

Em  1991 o Ceará ocupava a 20ª posição, com índice de 0,405, classificado como “muito baixo”, enquanto que em 2010 passou para a 17ª colocação registrando a classificação de “médio” desenvolvimento humano alcançando um IDHM de 0,682. Em 20 anos, 85% dos municípios do Brasil saíram da faixa de “muito baixo desenvolvimento humano”, segundo classificação criada pelo Pnud. Atualmente, 0,57% dos municípios, ou 32 cidades das 5.565 do país, são consideradas de “muito baixo desenvolvimento humano” Considerando as três vertentes o Brasil mudou da classificação de “muito baixo” em 1991 para “alto” desenvolvimento Humano em 2010.

Pesquisa
A situação do Desenvolvimento Humano no Ceará foi realizado com base em dados apresentados na publicaçãõ do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil de 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro (FJP). As informações desse relatório utilizaram a base dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Fonte: G1



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