Crato (CE): Comerciantes avaliam negativamente a ExpoCrato 2013

A ExpoCrato de 2013 não vai deixar muitas saudades para os comerciantes e expositores, pelo menos aqueles de médio e pequeno porte. Na manhã desta segunda-feira, muitos reclamaram do baixo índice nas vendas, como aqueles que comercializaram desde produtos de artesanato e economia solidária à alimentação.

A Barraca do Pernambuco, a mais tradicional do evento, também teve uma queda nas vendas de acordo com o seu proprietário: “Vendemos menos que o ano passado, apesar de termos um preço bom e os garçons não cobrarem taxas dos clientes. Esse ano parece que o povo estava sem dinheiro”, afirmou Chico Pernambuco.

O artesão Carlos de Araújo participou da exposição pela primeira vez e não gostou do que viu: “Está todo mundo falando que não foi bom como nos anos passados. Para o pequeno comerciante ganhar dinheiro é muito difícil. Quem ganha mesmo são os capitalistas que montam uma grande estrutura e dobram as vendas”.

Se as vendas em si não superam as expectativas de alguns dos expositores, outros enxergaram nos negócios a médio e longo prazo através de fortalecimento de suas marcas divulgadas durante a exposição:

“Mas em termos de mostrar a nossa marca foi bom porque a nossa participação trouxe resultados porque, mesmo as pessoas não comprando, acabaram conhecendo a nossa empresa e os nossos produtos”, afirmou um empresário que revendia motos.

"Nós vemos uma perspectiva de negócios a médio e longo prazo. Mesmo sem vendas, estamos fortalecendo nossos produtos", corroborou sua sócia.

Já pensando na próxima edição do evento, os expositores revelaram grande preocupação a cerca de uma possível mudança do local onde será realizada a ExpoCrato do ano que vem.

“Agora resta saber se o local vai mudar daqui. Se esse ano as vendas não foram como a maioria esperava, imagina se sair daqui e for lá para longe como estão pensando? Não vai dar certo”, disse Sandra Maia, empresária que atuou na praça de alimentação.

“Olha, não gostei da organização. Faltou energia umas duas vezes, saíram faísca de um poste lá e o meu micro-ondas, minha tv e lâmpadas queimaram por causa disso”, disse Gefran Maia que também atuou no setor de alimentação.

“As pessoas das barracas deveriam ter uma cota mínima. É um absurdo o valor que pagam para estarem ali, arriscando sem saber se vai pelo menos tirar o valor que pagou”, avaliou a comerciante Socorro Souza.

Robson Roque

Foto: Robson Roque/Ag. Miséria

Fonte: Miséria



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