Com um "até breve com saudade", papa Francisco deixa o Brasil e volta para Roma


A principal missa da Jornada Mundial da Juventude  (JMJ), o encontro com bispos da América Latina, o agradecimento aos voluntários e a cerimônia oficial de despedida. Esse foi o roteirto final da viagem do papa Francisco ao Brasil. Às 19h36, a aeronave que levou o pontífice de volta para Roma deixou o solo brasileiro após uma semana de agenda carregada no Rio de Janeiro e Aparecida.

No discurso de despedida, o papa deixou claro o sentimento que leva para o Vaticano. "Deixarei sua pátria com a alma cheia de recordações felizes. Já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, deste povo tão grande e de grande coração, deste povo tão amoroso", disse o papa.

Em suas últimas palavras, Francisco ainda reafirmou o pedido de orações por ele. "O papa vai embora e diz um até breve. Um até breve com saudade. Não se esqueça de rezar por ele. Esse papa precisa da oração de vocês. Um abraço para todos. Que Deus abençoe a vocês", disse ao se despedir.

A cerimônia na Base Aérea do Galeão foi para 460 convidados, sendo 60 do coral da Igreja Nossa Senhora da Paz. O governo brasileiro foi representado pelo vice-presidente Michel Temer, já que a presidente Dilma Rousseff, que participou da Missa de Envio durante a manhã em Copacabana, retornou a Brasília no início da tarde.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esteve presente ao evento e fez um balanço: "O evento foi muito importante para todos que ouviram e compreenderam a mensagem do papa Francisco. Tirando a falha inicial do primeiro dia [quando o carro do pontífice ficou preso em um congestionamento no centro do Rio], a operação foi exemplar. O papa andou sem carro blindado por escolha própria, sem papamóvel blindado, parou nos lugares que desejou parar e não aconteceu nada. A segurança do papa e do evento em si foram positivas."

O dia
O papa iniciou o dia com a missa final da JMJ. Com mensagem que pediu engajamento e evangelização aos jovens, Francisco pediu aos jovens que participem da Igreja e derrubem as barreiras do egoísmo, do ódio e da intolerância para a construção de um mundo novo. Foi na missa que o papa confirmou que a próxima JMJ será na Polônia . Mais de três milhões de pessoas participaram da missa.

Após a missa, o papa encontrou bispos do Conselho Episcopal Latino-Americano. Aos bispos, ele reafirmou a missão do sacerdotes."Deus está em toda a parte: há que saber descobri-lo para poder anunciá-lo no idioma dessa cultura", diz papa Francisco durante a reunião.

Com uma defesa do casamento tradicional, da família e do sacerdócio, o papa se despediu dos voluntários que trabalharam na Jornada Mundial da Juventude 2013, em encontro no Riocentro, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. Em discurso focado em temas comportamentais e não políticos e sociais, diferentemente de outros de seus pronunciamentos na JMJ, o pontífice incentivou os jovens a "ir contra a corrente" e a serem "revolucionários" em suas vidas.

O Vaticano ficou satisfeito com a organização da transferência da Missa de Envio para a Praia de Copacabana, que envolveu, inclusive, o transporte de 800 mil hóstias, disse neste domingo (28) o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi. O evento final estava previsto para ocorrer em Guaratiba, na zona oeste, mas foi transferido para Copacabana por causa das chuvas fortes que deixaram o Campo da Fé (Campus Fidei) completamente alagado.

"Penso que tudo transcorreu muito bem. Estamos muito contentes de estar em Copacabana com sol e ver, finalmente, o que é Copacabana sem chuva e neblina. É uma atmosfera maravilhosa, no contexto geral desta celebração", declarou o porta-voz.

Fonte: iG



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