O estudante Alisson Régis dos Santos denunciou nesta quinta-feira (13) ser agredido por policiais militares do Ronda do Quarteirão. Ele mostra a guia feita pelo Instituto Médico Legal (IML) que constata hematomas no corpo.
Segundo o estudante, ele foi agredido por dois policiais com golpes de cassetete e tapas quando voltava de uma festa com familiares. “Eles foram muito ignorantes quando fizeram a abordagem, dizendo ‘mão na cabeça, seus vagabundos'. Pediram os documentos, eles começaram a xingar e a agredir a gente”, conta o estudante de engenharia.
“Mesmo que eu tivesse desacatado, o direito deles era prender. Eles começaram a bater na gente”, completa. Ainda segundo Alisson, os policiais pediram para ele correr ou iriam atirar contra o grupo. No corpo de Alisson Régis, há marcas e cicatrizes que ele diz ser da agressão dos policiais.
Além de Alisson, um familiar dele também afirma ter sofrido agressão dos policiais, mas não quis dar entrevista com medo de represálias. “Eu espero que tomem alguma providência para não ficar dessa forma. Que apurem direitinho para não ficar impune”, afirma a mãe do estudante agredido, Lucimar dos Santos.
O boletim de ocorrência foi feito na Delegacia Regional do Crato, onde o caso é investigado. “Por enquanto nós temos a versão das vítimas. Vamos ouvir os policiais, vamos investigar. Testemunhas presenciais devem ser ouvidas também para que a gente chegue a um denominador comum”, diz o policial Mário Gomes.
Segundo o comando do Ronda do Quarteirão, os policiais acusados de agressão foram identificados, mas não terão os nomes revelados à imprensa até o fim das investigações. O caso é apurado pela Controladoria da Polícia Militar. De acordo com a Polícia Militar, caso seja confirmada a agressão, os policiais estão sujeitos a penas que vão de advertência verbal a expulsão do cargo de policial.
Fonte: G1
