PMs que participaram de movimento grevista no CE de 2012 são demitidos

O Comando da Polícia Militar do Ceará demitiu policiais militares que participaram domovimento grevista de 2011, segundo informações do tenente-coronel Fernando Albano, relações públicas da corporação.

Entre os demitidos estão o presidente da Associação dos Cabos e Soldados Militares do Estado do Ceará (ACSMCE), Pedro Queiroz, e o dirigente da associação, Flávio Sabino. A ACSMCE diz que vai recorrer das demissões.

As oito demissões estão publicadas no Boletim do Comando Geral do dia 14 de maio de 2013. Os demitidos estão entre os 44 PMs e 21 bombeiros indiciados por participar de uma reunião de avaliação da greve ocorrida entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012, de acordo com a ACSMCE.

Os processos disciplinares contra os PMS foram publicados no Boletim do Comando do dia 25 de janeiro de 2013. De acordo com o documento, os policiais são "acusados [...] de participarem de reunião ocorrida no dia 03.01.2013, sob a liderança de integrantes da Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Ceará (Aprospec), com o objetivo de deliberar sobre a deflagração, ou não, de novo movimento paredista". Os policiais indiciados atuam em Fortaleza e nas cidades de Juazeiro do Norte, Sobral, Iguatu, Quixadá, Canindé, Baturité, Crateús, Itapipoca e Acaraú.

Greve
A greve dos policiais militares começou em de dezembro de 2011. A categoria reivindicava melhores salários e condições de trabalho. Do acordo, fazem parte ainda implantação de um auxílio alimentação, no valor de R$ 220 por mês; a promoção de servidores; escala de serviço de 40 horas semanais e reajustes salariais de 2013 e 2014, além da elaboração de um Código de Ética. Os PMs ocuparam o quartel do 6ª Companhia do 5º Batalhão (BPM), no Bairro Antônio Bezerra.

Exatamente 30 dias após o fim da greve dos policiais militares do Ceará, em 3 de fevereiro de 2012, representantes da categoria se reuniram com representantes do Governo do Estado para definir os últimos pontos da mensagem que seria encaminhada à Assembleia Legislativa, entre eles, a anistia para aqueles que participaram do movimento. À época, o secretário de planejamento e gestão do estado, Eduardo Diogo, afirmou que o governo só poderia dar anistia "exclusivamente" na área administrativa. "Com relação à parte criminal, o Poder Executivo não tem competência para deliberar sobre o assunto", afirmou Diogo.

Fonte: G1



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