Crato (CE): Saaec esclarece denúncias de ex-funcionários demitidos

Um grupo de pessoas, que trabalhavam na Sociedade Anônima de Água e Esgoto do Crato (Saaec), foi demitido pela empresa no mês passado. Insatisfeitos com a situação, os ex-funcionários realizaram protestos acusando a superintendente do órgão, Janaína Fernandes, por homofobia e assédio moral.

De acordo com Márcia Gomes, sua demissão ocorreu pela opção sexual. “A superintendente Janaína, já tinha me advertido que eu poderia ser demitida por ser gay. Mas o que eu não entendo, é que de quarenta pessoas que estavam irregulares na empresa, somente eu e mais sete fomos”, questiona.

Para a ex-funcionária de limpeza, Maria Josefa, havia perseguição por parte da direção. “Acho que por eu ter sido moradora de rua, eu era tratada daquela maneira. Eu tinha metros contados para me locomover naquela empresa. Não tinha direitos como os outros contratados, e Janaína ainda me ordenava lavar os seus pés”, declara.

Segundo Janaína Fernandes, as denúncias não procedem. “As queixas são mentirosas. Não existiu nenhuma descriminação por raça, cor ou opção sexual. Eu não destratei ninguém, não exigi que lavassem meus pés. Ela, Josefa, lavou os meus pés por vontade própria e por diversas vezes fiquei envergonhada com a bondade dela, ninguém nunca tinha feito isso comigo”, argumentou.

O advogado da Saaec, Glauber Furtado, afirma que as demissões ocorreram para o cumprimento e exigência da Delegacia Regional do Trabalho. “Foi uma decisão impessoal. Eles foram demitidos em razão de uma fiscalização que o Ministério do Trabalho fez e constatou a existência de diversos empregados sem a carteira assinada. A partir disso, foi estabelecido um prazo de dez dias para regularização. Não teve nada de homofobia e perseguição”, esclarece.

Foto: Serena Morais

Fonte: Jornal do Cariri



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