Plantão Infotech: Consumidor cearense aquece venda de tablets

A prancheta eletrônica está ganhando cada vez mais espaço nos lares dos brasileiros. Com preços acessíveis e aplicativos atraentes, os números comerciais têm indicado um aumento considerável da popularidade dos tablets. Segundo a pesquisa da IDC, o mercado brasileiro desses dispositivos atingiu a marca de 3,1 milhões de unidades vendidas em 2012, o que representa um crescimento de 171% em relação ao ano anterior.

A realidade local é fiel aos números nacionais. O gerente de marketing das lojas Ibyte, Nelson Gurgel, considera positivo o fenômeno dos tablets. "O Ceará é um grande varejista. O consumidor cearense consome tecnologia e consome bem. Como o tablet é uma novidade, ele é muito procurado", relata. Mesmo com preços variando de R$ 300 a R$ 2 mil, Gurgel admite que a procura maior pelos tablets ainda é feita por pessoas com grande poder aquisitivo. "Nas nossas lojas, ainda tem muita gente atrás de PCs e notebooks", diz o executivo. No topo das vendas da Ibyte estão os tablets da linha Galaxy, da Samsung.

A loja oferece ainda como opção seu aparelho de marca própria - que, segundo Gurgel, também é muito procurado. É o tablet Goldentec, de R$ 339. Segundo Nelson Gurgel, apesar de ter uma versão Android antiga e menor capacidade de processamento, o dispositivo traz uma excelente relação custo-benefício e atrai muitos consumidores.

Para o diretor de marketing da Cecomil, Felipe Nogueira, a multifuncionalidade está entre os interesses que levam o consumidor às lojas. "Internet, leitura, mobilidade e conexão direta são fundamentais", diz. Segundo Nogueira, a busca entre usuários domésticos e empresas é balanceada. "As empresas procuram para facilitar o acesso e a apresentação para os clientes. Já os usuários buscam para uso pessoal e também para atender às exigências de colégios e faculdades", conta.

Para um público cada vez mais abrangente, a variedade de marcas facilita o comércio de tablets. Na Cecomil, Samsung e Apple representam cerca de 70% das vendas. As marcas de preço mais acessível, como Titan, Lenoxx e Multilaser ficam com os 30% restantes.

PCs superados
De acordo com a IDC, na comparação com o mercado de PCs, o Brasil vendeu um tablet para cada cinco computadores. Em 2011, a relação era de um tablet para cada 14 computadores. A consultoria prevê que as vendas de tablets no mercado mundial devem superar a de desktops ainda neste ano. Já os portáteis devem ser superados em 2014.

Mesmo com as mudanças, Felipe Nogueira reconhece a importância dos notebooks. "As pessoas não costumam trabalhar diretamente com o tablet. O notebook se torna fundamental, nesse sentido", afirma.

Dentre as principais motivações do consumidor, o barateamento dos preços assume uma posição de destaque. De acordo com a IDC, quase 50% dos aparelhos vendidos no último ano custaram menos de R$ 500 - um valor pequeno quando comparado aos preços dos primeiros tablets a chegar ao país. "O consumidor brasileiro já sabe que pode encontrar tablets com excelente desempenho a um preço justo", comenta Reinaldo Paleari, gerente de produtos da Multilaser, uma das marcas que apostam nos tablets de baixo custo. Nesse mercado, ganham destaque os aparelhos com o sistema Android - presente em 77% dos dispositivos vendidos.

O produto mais barato, entretanto, não é garantia de satisfação. O estudante Antônio Marcos Rodrigues Muniz, 17, adquiriu seu aparelho há três meses. Buscando economia, Marcos escolheu o Smart Tablet T7, da marca mineira Digital Life, por R$ 350. "Quando fui comprar, procurei aparelhos baratos e que me permitissem acessar à internet", afirma. No entanto, as desvantagens logo apareceram. "O sistema Android dele é muito falho. A sensibilidade da tela não é boa e o botão de ligar já afundou", comenta Marcos.

A estudante Mikelane Alves, 22, já está em seu segundo tablet. O primeiro era da Samsung e o atual é da Apple. "Eu perdi o primeiro. Mas era muito bom, conseguia até fazer ligação (através) dele", diz. A opção pelo iPad foi motivada pela propaganda do vendedor. "Ele me passou mais credibilidade. E disse que a empresa ia se responsabilizar em caso de problema ou de troca", afirma a estudante.

Mikelane estuda e trabalha com comunicação e utiliza seu tablet tanto no âmbito acadêmico quanto no profissional. "Ele é muito útil. Ando com ele para tudo quanto é canto. Como é pequeno não chama muita atenção", conta.

Fonte: Diário do Nordeste



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