Geraldo Luis, apresentador do “Balanço Geral”, ocupa um lugar curioso dentro do jornalismo da Record. Seu programa popularesco rende boa audiência, mas não é levado muito a sério. É como se ele fosse uma espécie de “café com leite” – participa da brincadeira, mas não disputa de verdade.
Na competição pela melhor cobertura da tragédia em Santa Maria, Geraldo conseguiu um feito: será lembrado como aquele que, por excesso de mau gosto, provocou risos do espectador.
Deu-se no programa de segunda-feira (28). Com a ajuda de um funcionário da área de segurança da Record, o apresentador propôs ao público “uma simulação”: mostrar como os freqüentadores da boate Kiss se sentiram quando começou o incêndio.
“Nós vamos simular aqui um incêndio, uma fumaça. Muitas pessoas não sabem, se começar um fumaceiro, o que fazer”, avisou. Em seguida, pediu à produção: “Diminui a luz”. Não satisfeito com os “efeitos especiais”, insistiu: “Joga mais (fumaça), até a gente sumir”.
Sob nevoeiro, pediu “dicas de sobrevivência” ao funcionário que o acompanhava. Antes, deu as próprias dicas: “Sempre que vou ao cinema, sento perto da saída de emergência.”. Mais “Tabajara” impossível.
Fonte: Blog do Mauricio Stycer / UOL