Seca afeta vendas no setor agropecuário no Cariri

Com cerca de 15 lojas que revendem produtos agropecuários, na região do Cariri, o comércio destes artigos está vivenciando um momento de crise. Devido à estiagem, nos últimos meses, os agricultores diminuíram as compras de ferragens, ferramentas, arames farpados e adubos. Entretanto, a maior procura é por equipamentos para trabalhos na irrigação.

Os aspersores, canhões, tubulações, conexões e bombas de vazão são os itens mais procurados. Eles servem para manter as pequenas plantações de pastagens, de grãos e de frutas, legumes e verduras. Com a técnica, há também uma procura significativa pelas sementes tubérculos, como a macaxeira, batata e beterraba, que podem ser semeadas em áreas irrigadas e colhidas em um curto espaço de tempo, dando possibilidades de geração de renda a quem as cultiva.

Por hectare, os planos completos de irrigação podem custar, em média, R$ 6 mil. As bombas de vazão, por exemplo, tem preço que varia de acordo com a potência. Na Agro Shop Bezerra, que foi instalada em Juazeiro do Norte há cerca de dois anos, os agricultores podem encontrar todas as linhas de produtos destinados à elaboração de projetos de irrigação, além de equipamentos, ferramentas e sementes. Para dar poder de compra aos cultivadores, a loja oferece condições de pagamentos facilitadas. Os parcelamentos dos valores podem ser em até duas vezes sem juros. Como estratégia para atrair compradores, o comerciante Emanuel Bezerra Silva está apostando na qualidade do atendimento, baseado na construção de laços de amizade com os clientes. Segundo ele, no momento, a prioridade do homem do campo está sendo a busca por alternativas para salvar suas criações de animais.

Ele diz ainda que, no comércio local, as vendas dos itens agropecuários caíram cerca de 40%, com relação ao mesmo período do ano passado. "Todos nós comerciantes estamos esperando um bom inverno para o próximo ano. A chuva suficiente anima os agricultores e, consequentemente, as vendas. Esperamos superar essa crise que estamos atravessando. O setor está praticamente parado", revela.

YAÇANÃ NEPONUCENA
REPÓRTER 

Fonte: Diário do Nordeste

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