Estado decreta situação de emergência em 174 cidades

O governo do Estado decretou situação de emergência oficialmente em 174 municípios afetados pela estiagem. Segundo o texto, publicado no Diário Oficial da última terça-feira, 20, a irregularidade das chuvas no território e as elevadas temperaturas acabaram “causando sérios problemas no abastecimento para consumo humano e animal”, “contribuindo para intensificar as desigualdades econômicas”.

As cidades incluídas na lista foram escolhidas a partir de resolução da União. De acordo com o secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, lugares que tiveram perdas de safra de pelo menos 8,3% da receita líquida corrente preenchem o critério. O levantamento, informando quais municípios tiveram essas perdas, foi feito pela Defesa Civil do Estado.

Martins afirma que o decreto garante a manutenção de benefícios sem os quais o contexto no Interior se agravaria. A Operação Carro-Pipa, o crédito emergencial do Banco do Nordeste ou a Bolsa Estiagem, por exemplo, dependeriam dessa iniciativa do governo. Enquanto o panorama climático não mudar, a previsão é que o Estado continue editando decretos desse gênero.

Em abril, quatro prefeituras decretaram situação de emergência devido à seca. Choró, Madalena, Quixeramobim e Tauá comporiam 56 municípios em calamidade pública devido à seca já em meados de maio. Pouco depois, no fim do mesmo mês, o governador, em decreto do dia 29 de maio, ampliou para 168 o número de cidades que padeciam diante do ambiente árido. O decreto foi prorrogado em fins de agosto. Atualmente, o equivalente a 94,56% do Estado enfrenta estes desgastes climáticos.

Chuvas
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) ainda não tem prognóstico de como deve estar o clima no próximo ano.

Esse estudo deve ser divulgado em janeiro. Até o momento, os oceanos Atlântico - tanto no hemisfério norte quanto aqui - e Pacífico não estão em condições propícias para a precipitação de chuvas, segundo o meteorologista Paulo José dos Santos.

Somente outros fenômenos de baixa previsibilidade, como as frentes frias, poderiam até o final do ano aliviar um pouco o cenário climático calamitoso.

Entenda a notícia
Esta é uma das piores secas que o Ceará já enfrentou. Não apenas populações do Interior sofrem por conta dos distúrbios climáticos. Produtos alimentícios, como frutas e legumes, acabam mais caros nas grandes cidades.

Alan Santiago

Fonte: O Povo

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