Dilma cumprimenta povo americano e Obama pela reeleição nos EUA

A presidente Dilma Rousseff repercutiu discretamente a reeleição de Barack Obama na presidência dos Estados Unidos, durante a cerimônia de abertura da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, na manhã desta quarta-feira (7), em Brasília (DF). "Aproveito a oportunidade para cumprimentar o presidente Obama e o povo americano", disse durante discurso, logo após comentar sobre o programa que tem em parceria com os EUA para ampliar a transparência nos governos, firmado em setembro de 2012 durante a 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York.

Após uma breve pausa, Dilma foi aplaudida --a única interrupção com aplausos ao discurso da presidente sobre a atuação brasileira contra a corrupção no país.

Dilma ainda não decidiu se publicará uma mensagem ou se vai ligar par aparabenizar o presidente americano, segundo sua assessoria. Atualmente a comunidade brasileira nos Estados Unidos reúne mais de 1 milhão de pessoas.

Diplomatas do Brasil e dos Estados Unidos se reuniram no começo de outubro para discutir uma série de ações comuns sobre Previdência Social, transferência de presos, sentenças criminais e assistência consular durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Dilma e Obama se encontraram no dia 22 de outubro para falar sobre o fim da necessidade de vistos para os Estados Unidos, em Washington (EUA). Eles já haviam conversado sobre o assunto há sete meses, e demonstraram interesse mútuo em acabar com o visto obrigatório.

No encontro, Dilma e Obama não definiram uma data para o fim dos vistos. Mas o norte-americano indicou que o governo vai facilitar as concessões de vistos para brasileiros.

Uma das medidas é uma ação para agilizar a passagem pela imigração de brasileiros que viajam frequentemente ao país a negócios, por exemplo, evitando as longas filas.

Relação Brasil-EUA pós eleições
A relação entre Brasil e Estados Unidos será uma das mais importantes no século 21, avalia o embaixador americano em Brasília, Thomas Shannon. Segundo ele, o fato de os dois países serem parecidos em diversos aspectos, como o tamanho continental, possuírem uma democracia consolidada e desfrutarem de relevância econômica, faz com que a atual parceria seja naturalmente ampliada.

"Os dois países também mostram claramente que a democracia e o sistema de economia de mercado produzem desenvolvimento e dão ao Estado a capacidade de enfrentar a pobreza, a desigualdade, a exclusão social. Acho que esse modelo brasileiro e o modelo americano oferecem muito para o mundo", disse Shannon ao UOL na terça-feira (6).

"Acho que os dois países estão construindo uma parceria que realmente vai assegurar uma relação saudável e positiva para os próximos quatro anos.", disse.

Especilistas ouvidos pelo UOL consideraram que, mesmo se Obama não tivesse vencido a corrida eleitoral, o resultado pouco influenciaria as relações com o Brasil. Uma pesquisa encomendada pela BBC mostrou que a maioria dos brasileiros já torcia pela vitória do democrata.

"A América Latina e o Brasil não são e nunca foram a principal preocupação dos Estados Unidos, apesar da proximidade e da importância econômica", explicou Marcelo Zorovich, professor do curso de relações internacionais da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). A agenda americana, segundo ele, está majoritariamente concentrada na crise econômica interna e no Oriente Médio.

Fonte: UOL

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis