Plantão Infotech: HDs ganham nova capacidade

A fabricante de discos rígidos Western Digital desenvolveu uma tecnologia para esses componentes que pode reduzir drasticamente a fricção interna e o consumo de energia do dispositivo, ao mesmo tempo em que proporcionará um aumento de 40% na capacidade de armazenamento. A tecnologia apresenta como novidade o uso de gás hélio, ao invés do ar comum, no interior dos discos rígidos (HDs).

Os discos são hermeticamente selados e preenchidos com o gás, que tem um sétimo da densidade do ar. A presença do hélio reduz o arrasto sobre os pratos que compõem o disco rígido. Por estar selado com o gás, o dispositivo também não ganha contato com a umidade ou outras substâncias externas que podem contaminá-lo.

Com menor atrito interno, os discos podem operar a temperaturas de cinco a sete graus menores do que os atuais discos de 7200 rotações por minuto (RPM), e também sob condições ambientais mais severas. O benefício prático desta maior eficiência é o aumento da quantidade de pratos no interior da peça do disco rígido, passando de cinco para sete. Junto a isso, a tecnologia também possibilita o aumento da densidade (ou número de trilhas por cada polegada quadrada) de cada prato. Esses avanços resultam no aumento da capacidade de armazenamento.

Avanços
A redução da fricção interna também resulta na economia de energia. Os discos com gás hélio podem consumir 23% menos energia para movimentar suas partes internas, em comparação com os dispositivos convencionais. Um HD normal com cinco pratos consome 6,9 Watts quando em repouso, mas os novos discos de sete pratos com hélio consomem apenas 5,3 Watts.

Os discos atuais produzidos para data centers oferecem capacidade de até 4 terabytes (TB), com cinco pratos internos. Com a nova tecnologia, espera-se que a capacidade dos novos discos passe a 5,6 TB. Há uma década, o máximo suportado no prato de um disco rígido eram 100 mil trilhas por polegada. A tecnologia atual permite colocar até 500 mil trilhas por polegada.

O avanço desse sistema representa uma evolução de cerca de dez anos de trabalho, tempo no qual os pesquisadores tentavam fazer funcionar uma solução desse tipo, sem vazamento, que também fosse viável para fabricação em grande volume.

A novidade, desenvolvida pela Hitachi Global Storage Technologies (uma subsidiária da norte-americana Western Digital), deve estar disponível no mercado no próximo ano. O principal foco dessa nova plataforma tecnológica são os sistemas de computação em nuvem e os centros de dados corporativos.

Fonte: Diário do Nordeste

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