Iguatu (CE): 1º Festival de Dindins deve receber hoje cerca de 2 mil pessoas

No princípio, era o descaso: os conhecidos que ouviram a ideia inovadora de realizar o 1º Festival de Dindins de Iguatu, cidade a 384,1 km de Fortaleza, nem acreditaram que o autônomo José de Arimatéia Oliveira estivesse mesmo falando a verdade. Mas Arimatéia, que também é pastor do Ministério Internacional Profético Apostólico (Mipa), igreja fundada por ele, deixou correr dois meses até pôr em prática o festival e provar que seu propósito ia se mostrar vitorioso. Feito os desígnios de Deus. “Essa ideia foi fruto de oração e muito pedido a Deus. Na minha visão, foi uma direção Dele”, afirma.

Arimatéia angariou 30 dindinzeiras da cidade para se reunir hoje à noite, a partir das 19 horas, e celebrar o prazer pueril de consumir os sucos congelados, vendidos em saquinhos e popularmente conhecidos por dindin. Já perto das 22 horas, um concurso encerra o festival.

A dona das melhores iguarias leva R$ 100 e uma placa para ser afixada em casa, onde se lê: “Aqui se vende o melhor dindin da cidade”. R$ 50 entram no bolso da segunda colocada, além de placa anunciando êxito na disputa. O juri é composto por 12 especialistas. Todas as disputantes ganham R$ 70 pela participação, e um tablet será sorteado para o público.

O pastor espera que as duas mil pessoas previstas a comparecer no evento consumam não apenas os dois dindins a que cada uma tem direito quando compra o ingresso de R$ 2. Nas geladeiras, oito mil unidades estarão disponíveis. Ele diz ter comprado tudo antecipado, e o lucro será investido na reforma da igreja. As cozinheiras têm carta branca para criar.

“É um evento de aparência secular, mas o intuito é, através desse movimento, poder evangelizar as mulheres (que fazem dindin) e quem mais for. A maioria dos que vêm não é de igreja”, diz Arimatéia, justificando a opção pelas três bandas de rock gospel e pelo pregador programados para se apresentar.

Repercussão
A Internet tratou de popularizar o festival, quando um dos 200 cartazes caiu na rede e foi largamente compartilhado pelos usuários do Facebook. “É uma ideia tão abençoada que eu não fui em nenhuma loja, em nenhum comércio. Não sei nem quem foi que jogou nas redes sociais”, bendiz o fato de que, mesmo a pequena divulgação que fez, ter gerado repercussão inesperada.

Segundo ele, o “dindin é algo muito simplório, mas, na simplicidade, é um guloseima que todo mundo gosta. Tenho recebido um apoio geral pela iniciativa”.

Alan Santiago

Fonte: O Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis