Crato (CE): Bárbara de Alencar será oficializada como heroína

No próximo dia 18 de agosto, transcorrerão os 180 anos da morte da heroína Bárbara Pereira de Alencar, a primeira mulher revolucionária e republicana do Brasil, que comandou a revolução pernambucana de 1817, em favor da independência e República do Brasil, que será reconhecida como heroína nacional.

Para comemorar a data a prefeitura e a Câmara Municipal do Crato, além das famílias Alencar e Araripe prestarão diversas homenagens à heroína.

Os eventos comemorativos de reconhecimento de Bárbara de Alencar como Heroína Nacional estão estabelecidos nos termos do Projeto de Lei 522 /2011 que determina a inscrição de seu nome no livro dos Heróis da Pátria.

Logo cedo no dia 18, acontece missa em celebração aos 180 anos de falecimento de Bárbara de Alencar, na Catedral de Nossa Senhora da Penha, em Crato.

Em seguida, 19 horas, se dará o lançamento do Selo Comemorativo da inscrição do nome de Bárbara de Alencar no Livro dos Heróis da Pátria, no Teatro Municipal Salviano Arrais Saraiva. No mesmo teatro acontecerá ainda a concessão do título de cidadã cratense de Bárbara de Alencar “In Memoriam” representada por sua descendente mais próxima.

Quem foi
Bárbara de Alencar nasceu em Exu, Pernambuco, foi participante da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do Equador. Era mãe de Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, Padre Carlos dos Santos e José Martiniano de Alencar, todos revolucionários.

A heroína nasceu na Fazenda Caiçara, propriedade de seu avô, Leonel Alencar Rego. Adolescente, Bárbara mudou-se para a Vila Real do Crato e casou-se com o comerciante português José Gonçalves dos Santos.

Bárbara de Alencar esteve presa numa das celas da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção e foi considerada, localmente, a primeira prisioneira política do Brasil.

Ela morreu em 1832, após peregrinações, devido às perseguições políticas na cidade piauiense de Fronteiras, e foi enterrada em Campos Sales, no Cariri Oeste.

Em maio de 1817, o diácono Martiniano de Alencar, após a missa, proclamou a independência e a República do Brasil, na porta de Igreja de Nossa Senhora da Penha, cinco anos antes de Dom Pedro e 72 anos antes do Marechal Deodoro da Fonseca.

Tarso Araújo

Fonte: O Povo

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