Ceará tem seis escolas entre as melhores do Brasil

Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgada pelo Ministério da Educação (MEC). Cinco delas ficam no Interior do estado. Os municípios de Mucambo, Itarema e Sobral participam, cada um, com uma escola. A cidade de Pedra Branca entra na lista com duas instituições de ensino. Conforme O POVO publicou na edição de ontem, o Ceará obteve um dos maiores avanços educacionais do País, além de ter recebido a melhor avaliação do Nordeste nos quesitos avaliados pelo MEC.

De 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental, as escolas Cícero Barbosa Maciel e Sebastião Francisco Duarte, em Pedra Branca, atingiram nota 8,1, numa escala que vai de zero a dez. No ranking nacional, estão, respectivamente, na 12ª e 13ª posições. Já as escolas Professora Altair Giffone Tavares, em Itarema, e Raimundo Pimentel Gomes Caic, em Sobral, ficam apenas 0,1 ponto atrás e caem para 16ª e 17ª colocações na disputa nacional.

De 5ª à 9ª série, o Colégio Militar de Fortaleza, de competência federal, empata com a escola municipal Francisco Ricardo da Silva, de Mucambo, com nota 6,8, e garantem 13ª e 14ª posições entre todas as escolas brasileiras.

Segundo a doutora em Educação e professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Eloísa Vidal, o resultado se explica por políticas equacionadas entre governos municipal, estadual e federal. Ela destaca o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Governo Federal, que, nos últimos anos, tem aumentado o investimento por aluno.

O professor do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC), André Haguette, destaca o Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC) que apoia, com recursos estaduais, projetos de educação nos municípios do interior. “Vários municípios estão tentando uma revolução na educação”, afirma.

No cômputo geral das cidades cearenses, Mucambo teve um dos maiores crescimentos no Ideb quando comparada a avaliação de 2009. Saiu da nota 4,9 para 7,5 em dois anos. O secretário de Educação, Francisco Carlos Brito de Azevedo, pontua a formação continuada dos professores como um dos motivos que alavancaram o ensino para os quase 4 mil alunos na rede de 18 escolas.

Capital
Nenhuma escola de responsabilidade municipal ou estadual em Fortaleza conseguiu destaque no Ideb deste ano. “É o efeito metrópole. Não é um privilégio de Fortaleza”, justifica Vidal. O tamanho da rede educacional, a desigualdade intensa de renda nas grandes cidades e uma infraestrutura local deficiente são variáveis que têm impacto direto nos resultados educacionais, segundo ela.

“Fortaleza deveria liderar (a mudança educacional), mas não é isso o que acontece”, afirma Haguette. Ainda assim, a Capital ultrapassou sua meta prevista para o Ideb, que era de 4, e atingiu nota 4,2.

Fonte: O Povo

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