Rafael Cortez: “Em breve os todos rostos do CQC serão outros”

Ele não se importa com o título de “o mais culto dos integrantes do CQC”. Gosta e até se divrte com a reação das pessoas quando ficam sabendo desse seu outro lado, menos engraçado e que passa longe do repórter inoportuno do programa da Band. Rafael Cortez está lançando na Flip o áudio-book “Meu pé de laranja lima”, clássico de José Mauro de Vasconcelos.

“Esta é minha faceta quase marginal, uma segunda identidade. Muita gente se espanta quando reconhece minha voz nos livros, acho engraçado. Elas vêm falar comigo que não sabiam e nem esperavam que eu estivesse envolvido com literatura. Amo ler, são todos estes livros que marcaram minha vida”, conta Cortez com exclusividade ao iG.

Este é seu quinto trabalho como “dublador” de romances. Os anteriores foram “O Alienista”, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Dom Casmurro” e “Quincas Borba”, todos de Machado de Assis. “Eu ainda fazia teatro infantil, em 2006, quando fui convidado para o primeiro trabalho. Daí quando entrei no CQC resolvi retomar, utilizando a popularidade do programa para algo mais erudito, mais nobre”, continua ele, que pretende, para o próximo desafio, transformar em áudio-book “O Tempo e o vento”, de Érico Veríssimo.

Junto a sua produtora artística, Cortez acaba de conseguir o direito de captação de verba no valor de R$ 1,6 milhão, com a lei Rouanet, para um show comemorativo dos 70 anos de Nara Leão. “Não tinha idéia de como é burocrático captar dinheiro no Brasil parra a cultura. A idéia é fazer o show no dia 30 de outubro, em São Paulo, e gravar um DVD”. Entre os vinte nomes já confirmados, Ivete Sangalo, Sandy, Thais Gulin, Mariana Aydar e Fernanda Takay.

Com tantos projetos, Cortez jura que não consegue acumular dinheiro. “Nada dá grana, continuo pobre, mas sempre engajado”, brinca.

CQC na berlinda
Já sobre a sua permanência no programa da Band, ele não dá como certa. “Tenho projeto de um programa solo para o ano que vem. Não sei em que emissora. Quem sabe”, despista. Desde que o programa estreou, há cinco anos, o elenco inicial começou a flertar com a vontade de seguir carreira independente. Marco Luque teve um programa por alguns meses, Felipe Andreolli estréia em breve um sobre esportes, Marcelo Tas fará entrevistas com crianças... E teve ainda o Rafinha Bastos, agora na RedeTV, afastado no CQC por problemas com piadas.

“Essas saídas são um perigo, claro que falamos sobre isso constantemente. Todas as saídas são doídas na pele. Hoje é um outro programa que está no ar, diferente daquele de cinco anos antes. Muda tudo a cada saída. A abordagem, a motivação... Acho que caminhamos para uma renovação dessa primeira geração que veio com o CQC. Em breve os todos rostos do programa serão outros”, conta ele.

Fonte: iG

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