Plantão Infotech: No Brasil, Firefox OS terá celular que pode durar uma semana sem carga

Christopher Arnold, desenvolvedor de negócios da Mozilla Foundation, aproveitou o primeiro dia do FISL (Fórum Internacional Software Livre) para falar sobre a estratégia da empresa para o futuro. Uma das prioridades da empresa é o mercado mobile, com o sistema Firefox OS, a loja de aplicativos Mozilla Marketplace, o Firefox Sync e o Mozilla Persona. A empresa confirmou que pretende ainda lançar no Brasil no ano que vem um smartphone com o sistema Firefox OS, antes conhecido como Boot to Gecko, cuja bateria pode durar até uma semana.

Antes de falar sobre as novidades, Arnold relembrou o início do Firefox: “Todos vocês sabem que o Firefox surgiu do Netscape, que foi comprado da AOL. A fundação Mozilla foi criada sem fins lucrativos, para servir como um laboratório para criar novos recursos, gerando código livre que está disponível para toda a comunidade. A AOL gostou da proposta, e investiu US$ 2 milhões”.

A maioria das inovações criadas no Firefox vieram no rastro da comunidade, que contribuiu com o código, que a fundação Mozilla recebe e depois coloca o selo de aprovação do Firefox. Para Arnold, mesmo com a participação atual de 25 a 30% do mercado de navegadores, a missão do Firefox está cumprida. "Nós não queremos dominar o mundo e sim incentivar a criatividade”.

O mercado mobile é o próximo objetivo da Mozilla, e o primeiro passo para isto é o Firefox OS. A diferença entre o da Mozilla e aquele dos concorrentes é simples: o sistema é bem mais leve pois conta com menos “camadas” e pode ser iniciado diretamente da Internet. Nas palavras de Arnold, “o Firefox OS dá ao desenvolvedor acesso direto aos APIs da câmera, SMS, telefone, contatos, mensagens e etc, o que vai tornar mais simples a vida dos programadores.”

O Firefox OS está disponível sem qualquer custo para usuários finais, fabricantes ou operadoras. Uma grande dificuldade dos desenvolvedores na App Store do iOS (iPhone e iPad) é a aprovação dos aplicativos por parte da Apple, que geralmente demora muito, sendo que muitas vezes o app é recusado sem maiores explicações. No Firefox OS, a aprovação dos aplicativos é feita pela compatibilidade com os aparelhos e não para restringir o usuário.

O Firefox Sync faz a sincronização dos dados de seus aparelhos, como por exemplo do seu notebook para um tablet, um smartphone ou uma TV. O Mozilla Persona é uma identidade de usuário, feita de forma simples e rápida. Tudo o que você precisa é informar o seu nome e e-mail. Nas palavras de Arnold: “não importa para onde você vá, que sistema resolva usar, você vai continuar com a sua identidade, que não vai estar presa a Apple, Google ou outra empresa.”

Para o Mozilla Marketplace, a proposta também é inovar. “Nós repensamos o que seria uma loja de aplicativos, diminuindo a quantidade de etapas entre o aplicativo e o cliente final, o que facilita a vida dos desenvolvedores”, diz Christopher Arnold.

No Marketplace, não existe a necessidade de pedir a aprovação da Mozilla a cada nova versão do aplicativo. O aplicativo fica hospedado na página do desenvolvedor, e uma Web App entrega o conteúdo do aplicativo para o seu tablet ou smartphone, fazendo os ajustes necessários na resolução.

Brasil é o mercado pioneiro para o Firefox OS
A fundação Mozilla fez um acordo com as operadoras Telefônica/Vivo e vai lançar no Brasil o primeiro celular do mundo com o Firefox OS, a um custo muito acessível. O motivo da escolha do Brasil para o lançamento é o tamanho do nosso mercado, e também a dificuldade que a Apple teve para entrar no Brasil com o iPhone, graças ao seu custo elevado.

Depois do lançamento no Brasil, o aparelho fabricado pela ZTE, deve ser lançado no Chile e na Argentina. “Também estamos em negociações com a Deutsche Telecom na Alemanha e a Sprint, nos Estados Unidos”.

No final da apresentação foi possível dar uma olhada no smartphone ZTE equipado com o Firefox OS. Apesar de ainda ser uma versão beta para desenvolvimento, é possível perceber que o novo sistema é promissor, principalmente pela duração da bateria, que pode chegar a uma semana, segundo o executivo da Mozilla.

Fonte: Techtudo

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