Servidores do Estado poderão ter de pagar pelo uso da assistência à saúde do Instituto de Seguridade Social do Estado do Ceará (Issec). De acordo com o secretário do Planejamento do Estado, Eduardo Diogo, a medida seria um estímulo ao “uso racional” do serviço e o dinheiro arrecadado seria usado para o “aperfeiçoamento do sistema”.
“Estamos buscando uma tomada de consciência dos servidores. Hoje, eles usam muito a ferramenta (o atendimento médico) e, quando precisam, ela não está disponível”, afirmou o secretário. Ele disse, ainda, que não existe a intenção de diminuir o orçamento do Instituto, propondo, também, seu reajuste de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação, que também influencia no cálculo do salário mínimo.
O secretário afirmou que o Governo ainda não formulou proposta sobre as modificações no sistema de previdência dos servidores, e que isso deve acontecer a partir das discussões com a categoria.
Rita Galvão, diretora do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (Mova-se), disse que a classe pede uma proposta concreta do Governo, para que seja apresentada uma contra-proposta. “O Governo não passou para a gente a operacionalização dessa co-participação. Não sabemos como vamos pagar, nem quanto vamos pagar”, reclama Rita.
Eduardo Diogo afirmou também não saber quanto será cobrado dos servidores. “É uma medida disciplinar. Uma co-participação, mesmo que simbólica, vai fazer com que o servidor tome essa consciência”.
O Issec é gratuito, sem desconto na folha de pagamento. Para 2012, o Governo destinou cerca de R$ 109 milhões ao órgão.
A proposta de mudanças no Issec deve ser levada ao governador em julho ou agosto, conforme o secretário, que espera ter as discussões fechadas até lá.
O POVO procurou a Assessoria de Imprensa do Issec, que afirmou não haver ninguém disponível para atender a demanda até o fechamento desta edição.
Fonte: O Povo
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