ONGs e especialistas não acreditam em avanços na Rio+20

NE - Quem não sabia que a Rio +20 não ia dar em nada? Milhõe$ jogados na lata do lixo.

O documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que chega hoje (20) às mãos de chefes de Estado e de Governo é “aguado”, não apresenta metas claras, formas de financiamento de ações e está aquém do texto elaborado há 20 anos, na Rio92, conferência que vinculou o desenvolvimento ao meio ambiente.

As avaliações foram apresentadas por representantes de organizações não governamentais (ONGs) que acompanharam as discussões do texto final por meio do Major Group ONGs e por especialistas da área ambiental. A apresentação foi feita ontem (19) à noite na Cúpula dos Povos – evento paralelo à conferência oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) -, no Aterro do Flamengo.

Ao lado de representantes de organizações como Greenpeace, WWF e Oxfam, o coordenador do Vitae Civilis, Aron Belinky, disse que para conseguir o consenso uma série de questões polêmicas foi varrida “para debaixo do tapete”, sem resolvê-las. “Achamos que essa é uma estratégia arriscada, que coloca o resultado à frente do que deveria ser encarado”.

Para Belinky, o melhor era ter deixado claro que certo pontos não tinham o apoio dos negociadores. “Se não tem consenso, que fique claro que não tem consenso. Que não se faça um documento aguado, que todo mundo concorda porque não faz diferença nenhuma”, criticou o diretor, sem pontuar os itens que poderiam ter obtido maior avanço.

O professor da Universidade de São Paulo (USP) Wagner Costa Ribeiro, que teve acesso a versão do texto final e participou da avaliação apresentada pelo Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Fboms) na cúpula, disse que a consolidação do documento, acordado por 193 delegações, foi forçada e reflete a insatisfação de várias partes.

Fonte: Agência Brasil

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