Os consumidores estão mais atentos aos seus direitos e, por isso, estão sendo mais exigentes quando compram algum produto. Quando se sentem enganados, procuram ajuda de algum especialista ou do órgão de defesa do consumidor. A declaração é de Ailton Cavalcante, técnico do Ministério Público do Crato, e encarregado da área de defesa do consumidor. Segundo Ailton, o ano de 20011 teve 320 reclamações de direito do consumidor registradas no Decon cratense.
Ele lembra, entretanto, e acredita que as ocorrências devem ter sido bem superiores. “Digo isso porque muitas vezes a pessoa se sentia lesada em seus direitos, mas não procurava resolver a situação”, afirma.Mesmo assim, apenas em Crato, nos cinco primeiros meses deste ano, de janeiro a maio, já foram feitas 250 ocorrências no Decon.”No ano passado inteiro tivemos 320 ocorrências e em cinco meses já chegamos a cumprir 80% dessa meta, isso mostra que o Decon está agindo e as pessoas mais conscientes”, avisa.
Para Ailton, muita gente ainda deixa de procurar a própria empresa, quando tem algum problema com um produto ou serviço, e tampouco procura órgãos que podem defender o direito do consumidor. Mas Ailton acredita que isso esteja mudando. “Com a ampliação de nossa atuação, acredito que as pessoas estejam mais atentas aos seus direitos”, lembra.
Para ele, ao resolverem uma questão no Decon, o consumidor sai repassando essa informação e isso cria um ciclo em que as pessoas passam a ter no Decon um órgão que vai agir em sua defesa.
Segundo o técnico do Ministério Público, as reclamações principais se concentram contra as agências bancárias.”Muita gente reclama de cobranças indevidas, juros altos e taxas que elas não tinham conhecimento”, afirma. Segundo Ailton, as reclamações pelas demoras nas filas são insignificantes.
Outras empresas que podem ser consideradas campeãs em reclamações são as de telefonia e cartão de crédito.
Tarso Araújo
Fonte: O Povo
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