Cariri: Região sofre com falta de planejamento

Há duas questões com a Região Metropolitana do Cariri. Uma é a legalidade e outra é o que a prática concebe”. A afirmação é do cientista político Roberto Siebra, sobre a atual situação da Região Metropolitana do Cariri (RMC), criada pelo Governo do Estado, e até agora, para o especialista, não consolidada. Para Siebra, o ponto crucial é que falta uma iniciativa maior, por parte dos municípios que compõem a RMC, no tocante a um planejamento de ações e projetos.

“Infelizmente, falta aos gestores, especificamente, a cultura de planejar ações, fazer isso de forma articulada e coordenada, priorizando o que é realmente importante e agindo de forma conjunta”, afirma. Segundo Siebra, os prefeitos e os gestores, de forma geral, priorizam ações pontuais e não estratégicas. “Não temos conhecimento dos gestores planejando. Muitas vezes, um prefeito conversa secretário por secretário e não prioriza um diálogo conjunto”, argumenta.

Para Roberto Siebra, esse diálogo pessoal faz parte de uma herança política antiga que ainda sobrevive no Cariri. “Está na hora dos gestores apelarem para o planejamento e em projetos estratégicos, e abandonarem a ideia de agir pontualmente”, afirma.

Outra deficiência da RMC, segundo Siebra, é que o conselho que deveria estar trabalhando para discutir as prioridades para a região, simplesmente não funciona.

Ele defende que seja formado um conselho não apenas com representantes dos municípios, mas de instituições que possam conduzir a RMC ao seu real patamar de desenvolvimento, como as universidades. Para ele, o grande empecilho para a concretização da Região Metropolitana é o bairrismo que existe entre os políticos, condenado a região a disputas intestinas e “sem nenhum futuro” entre as cidades.

Tarso Araújo

Fonte: O Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis