Carioca lamenta 'coice' de Jô, revela origem do Boris e anuncia seu próximo alvo: Lobão

Caracterizado como Boris Casoy, Marvio Lucio, o Carioca, percebe o sucesso do personagem que criou ao caminhar dentro da própria Band. Do camarim até o estúdio 4, onde é gravado o “Pânico”, a todo momento, algum funcionário da emissora se aproxima e diz “boa noite, boa noite”, imitando o imitador.

Além do reconhecimento do público, a alegria é ainda maior porque o alvo da imitação, o jornalista Boris Casoy, já deu alguns depoimentos elogiando Carioca. “Quando eu li que o Boris curtiu, foi o maior tesão. Rebateu nele. Eu o vi feliz. É isso que gratifica”, diz Carioca.

Numa sexta-feira, dia de gravação do programa, a reportagem do UOL assistiu ao longo processo de caracterização que transforma Carioca em Boris. Enquanto o maquiador Anderson Montes, o Dinho, trabalhava, o humorista deu um depoimento bacana. Abaixo, os principais trechos:

A arte da imitação - Sou muito perfeccionista com a caracterização. Como não desenho nada... consigo, mais ou menos, fazer o mesmo trabalho de um chargista. Precisa ter um certo exagero. Você reconhece e ri... Imitar é um dom, velho. Engloba muita coisa. Eu gosto de encantar. Imitar é uma coisa que impressiona as pessoas.  O meu lance é convencer. Imprimir. Se eu fico perto, melhora muito a minha imitação. Eu chamo a atenção para aquilo que você não vê, mas depois você vai reconhecer.

Jô Suado - Não me importa tanto o reconhecimento, mas levar um coice daqueles... Tentaram me convencer a continuar com o Jô até os 49 minutos do segundo tempo. Você acaba se envolvendo sentimentalmente. Não faço isso pra sacanear o cara. Não tô aqui pra ridicularizar. O mínimo era ele (Jô) me cumprimentar, me dar um autógrafo. Tenho o barato de fazer, mas se a pessoa gosta aquilo me dá uma energia... O Amaury pirou com a minha imitação. Ele pediu para eu fazer o prefácio do livro dele.

As influências para o Boris - Depois do Jô, pensei, precisava fazer uma coisa que impressionasse. Fiquei olhando uns quatro meses (para o Boris). E coloquei várias outras pessoas no Boris. Meu pai me mostrou uns vídeos do Zé Trindade. Tem o Costinha e tem também o Rony Rios (que fazia a "Velha Surda" na "Praça É Nossa"). Trabalho no Brasil. Tem muita coisa legal no Brasil. Peguei um pouco de cada um e homenageei. O próprio Jô, se você conhecer o meu tio Ivaldo, você vai mijar de rir. Tem muito do meu tio no Jô. Misturei muito.

Primeiras imitações - Já perdi a conta de quantas pessoas imitei. Faço imitação desde os 9 anos. Tinha um programa do Agildo Ribeiro, eu via e imitava os tipos. O Gil Gomes eu ficava em casa imitando... Foi o meu primeiro grande desafio. E eu consegui.

Política - Tentei ser político. Em 1994, me filiei na Juventude do PMDB. Curto o jogo político. Sei mais de política do que do “Pânico”

Primeiro emprego - No primeiro teste para ser estagiário de uma rádio, o locutor mandou que eu falasse rápido “um tigre, dois tigres, três tigres”. Não passei. Em 1996, fui fazer estágio na Joven Pan no Rio.“Virei o imitador da rádio. Ganhei o meu emprego por imitar o Silvio Luiz. Em 98, os caras me chamaram pra vir para São Paulo.

Radialista - Nunca fiz aula de teatro. Sou do rádio. No hotel, escrevo: “Profissão: radialista.” Amo ser radialista.

Memória - Não tenho nada guardado. Questão de superstição. Não gosto. Se eu começar a olhar pra trás, não vou olhar pra frente.

Próxima imitação - Tô pensando em fazer o Lobão. Esse é um trabalho que leva meses. Observo muito. Vejo tudo que existe sobre o cara...

Nova geração - Esse menino (Gustavo Mendes) que faz a Dilma no “Casseta & Planeta” é muito bom. O Guilherme Santana (imita Otavio Mesquita no “Pânico”) é foda. Qual é o melhor comediante hoje no Brasil? O Eduardo (Sterblitch). Ele é muito corajoso.

Stand up - O problema do stand up é que virou uma fila. Os mais novos querem imitar os mais velhos.

Fonte: UOL

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