"Vivo o pior momento da minha vida e pensei em renunciar", diz Demóstenes no Conselho de Ética

"Vivo o pior momento da minha vida. Pensei nas piores coisas, pensei em renunciar." Com essa declaração o senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO) iniciou seu depoimento no Conselho de Ética do Senado, onde responde a processo por quebra de decoro parlamentar.

Sem citar o nome do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Demóstenes disse que era amigo dele, porém negou que soubesse de qualquer atividade ilegal. "O que eu sabia naquele momento é que eu me relacionava com um empresário, que se relacionava com outros cinco governadores, dezenas de parlamentares, dezenas de outros empresários. Reafirmo que tinha amizade com ele, sim", completou.

Uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista investiga a relação de Cachoeira com parlamentares e outros agentes públicos.

O senador também afirmou que sofre de depressão desde o início da crise que envolve seu nome. Segundo Demóstenes, nem os remédios que toma para dormir estão fazendo efeito.

Como adiantou o advogado do senador, Antônio Carlos de Almeida Castro, Demóstenes começou o depoimento falando de seu patrimônio e de sua trajetória política.

O conselho é presidido pelo senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e tem como relator o senador Humberto Costa (PT-PE), que declarou ter pelo menos cem perguntas para fazer.

Demóstenes é acusado de mentir aos colegas por ter negado na tribuna que tinha relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e busca provar que desconhecia os negócios do amigo. Devido às acusações, ele deixou seu partido, o Democratas, para não ser expulso.

A operação Monte Carlo, da Polícia Federal, levantou informações que colocam Demóstenes como braço político dos negócios de Cachoeira, também apontado como sócio oculto da construtora Delta na mesma investigação.

Fonte: UOL

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