Telefonia cresce, mas usuários estão insatisfeitos

Clique para ampliar

Quem vive sem celular hoje em dia? O aparelho que já foi grandalhão e só servia para ligar, na década de 90, era privilégio somente dos mais afortunados. Atualmente, contudo, depois de uma massiva popularização no Brasil e no mundo, temos a sensação de que não é possível viver sem ele. Chega a causar desespero, para alguns, a possibilidade de não carregar o telefone no bolso.

"Meu celular está sem bateria. Como a gente vai se encontrar no shopping?", "Roubaram meu aparelho. E agora? Como as pessoas vão falar comigo?" Esse tipo de sentimento, nada raro na atualidade, mostra o tamanho da importância que a telefonia móvel ganhou em nosso cotidiano, funcionando como mais que um complemento para a "velha" telefonia fixa. Tal relevância faz com que cresçam, a cada dia, as cobranças por serviços variados e de qualidade, atingindo mais pessoas, até porque ninguém quer ficar desconectado.

Diante desse cenário, os principais desafios do setor de telefonia são conseguir ampliar ainda mais a gama de utilidades, obtendo um nível mais adequado na conexão, sem esquecer do futuro, que aponta, agora, para a tecnologia 4G. Em São Paulo, por exemplo, são tantos usuários de celular que será necessário acrescer um dígito a mais na hora de efetuar ligações, totalizando nove.

No Estado
De acordo com dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), no Ceará, os celulares já superaram o número de habitantes. São 110 linhas habilitadas para cada 100 pessoas. No total, 9,7 milhões de linhas compõem a rede, recorde registrado em março deste ano. A evolução epidêmica do aparelho impressiona. Em 2006, o Estado possuía 3,3 milhões de celulares. De lá para cá, 6,4 milhões de novos números foram habilitados, uma média de mais de um milhão por ano.

No caso dos fixos, o Ceará contava, em março, com 549 mil acessos individuais, ou seja, telefones em serviço que não incluem os públicos. Para se ter uma ideia, em igual mês de 2007, eram 619 mil acessos individuais. Em cinco anos, portanto, cerca de 70 mil linhas foram canceladas, segundo a Anatel.

Por ter uma quantidade mais expressiva, a telefonia móvel lidera as reclamações dos consumidores. São ligações interrompidas ou de má qualidade, mensagens de texto que não chegam ao destinatário (ou chegam depois de dias), internet fora do ar ou com velocidade abaixo da prometida pela operadora. A prestação chegou a níveis tão falhos que, em certos estados, foi proibida pela justiça a venda de novos chips por parte de uma operadora, até que as empresa se comprometesse a melhorar a rede.

Sem conseguir convencer totalmente no atual modelo tecnológico, o 3G, o segmento já lida com a expectativa da próxima geração, o 4G. O leilão para essa inovadora faixa, que deve arrecadar R$ 4 bilhões, ocorrerá no próximo mês. A principal promessa é de uma velocidade até dez vezes superior à da geração anterior. Até 2014, a ideia é que todas as cidades que serão sedes da Copa do Mundo de futebol já contem com a cobertura 4G.

Fonte: Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis