O laudo pericial sobre causas da intoxicação alimentar pelo consumo de sushi, vendido no Mercadinho São Luiz, neste Município, no último dia 23 de abril, atestou a presença de bactéria Salmonella sp, encontrada na amostra de camarão, coliformes a 35ºC e microorganismos mesófilos aeróbios. O resultado do exame foi conferido pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). No entanto, exame do mesmo material feito no Nutec, por solicitação do São Luiz, não constatou a presença de nenhuma tipo de bactéria.
A grande quantidade de casos da Doença de Transmissão Alimentar (DTA) configurou um surto em pessoas que haviam consumido o alimento no supermercado. Oficialmente a Vigilância Endemiológica investigou e notificou ao Ministério da Saúde 45 casos da doença.
A fonte de contaminação foi considerada comum, detectada pela ingestão do mesmo alimento, o sushi. De acordo com a Secretaria de Saúde, o exame deveria apresentar a ausência de bactérias. Segundo a enfermeira epidemiologistas da Secretaria de Saúde do Crato, Lídia Maria Feitosa Guedes, a ingestão do sushi contaminado causou perigos a saúde dos clientes.
Alguns fatores como a busca por alimentação coletiva e consumo de alimentos em vias públicas podem contribuir para o aumento da incidência das Doenças de Transmissão Alimentar. A presença dos microorganismos no sushi indica uma possível falha no processo de manipulação dos alimentos.
Desde que os clientes que ingeriram o sushi apresentaram quadros de intoxicação alimentar, a Vigilância Sanitária do Município intensificou as inspeções ao estabelecimento para a adoção de medidas preventivas e de controle. O órgão faz exigências como a higiene das instalações e área de produção, condições de limpeza e desinfecção, de vestuários, asseio pessoal e do estado de saúde dos manipuladores, cuidados com fluxo de produção, controle do produto final e utilização de equipamentos de proteção individual pelos manipuladores. Agora, a Vigilância Sanitária está aplicando as normas de adequação, previstas pela legislação de boas práticas de alimentação e aguarda o ajustamento dos termos.
"Mesmo que os laudos não tivessem indicado nenhuma contaminação, a Vigilância Sanitária iria fiscalizar o estabelecimento. Esse laudo é só para confirmar qual foi o ponto de contaminação", disse o coordenador da Vigilância Sanitária, Assilon Lindoval Carneiro Freitas.
Segundo a assessoria de imprensa do Mercadinho São Luiz, a empresa não recebeu a mesma informação que a Vigilância Sanitária. De acordo com informações da assessora Camilla Andrade, a Salmonella encontrada no camarão que continha nos sushis não teve quantidade suficiente para causar mal a saúde dos consumidores. Ela informou que a Vigilância Sanitária enviou ao Mercadinho São Luiz um termo autorizando a venda do produto mediante as documentações de higienização, manuseio e refrigeração dos alimentos. Mas, por cautela, o São Luiz não está vendendo o sushi.
Ainda não há previsão para o retorno das vendas. A empresa está aguardando os procedimentos internos serem concluídos. O local onde os sushis eram vendidos ainda está sendo examinado. Para assegurar-se da ausência de bactérias no alimento, Mercadinho São Luiz solicitou uma análise dos sushis ao Laboratório Nutec.
No exame, segundo a assessoria de imprensa da empresa, não foi constatada a presença de nenhum tipo de bactéria no alimento avaliado.
YACANÃ NEPONUCENA
REPÓRTER
Fonte: Diário do Nordeste
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