Combate à seca: Deputado pede agilidade em obra

Ao mesmo tempo em que lamentou sobre a seca no Nordeste, o deputado Welington Landim (PSB) chamou atenção do Governo Federal para a agilização de obras que já poderiam ter minimizado a estiagem na Região. Lendo um comentário feito ontem na coluna do jornalista Edilmar Norões, escrito pelo jornalista Edison Silva, o parlamentar apontou a Transposição do Rio São Francisco que, mesmo após quase um século, não conseguiu ser finalizada.

"Sou a favor da moralização que a presidente Dilma Rousseff está fazendo no País, mas em relação ao dinamismo, às obras prometidas e ao cronograma estabelecido, perde e deixa muito a desejar na promessa e na agilidade", avalia o parlamentar.

Segundo Welington Landim, já vai completar três meses da última visita feita pela presidente ao Ceará, oportunidade em que ela prometeu agilidade na retomada de obras importantes como a Transposição e a Transnordestina, contudo até o momento, garante, está tudo parado, sem avanços.

Mas não apenas em relação às obras o parlamentar cobrou rapidez por parte do Governo Federal. Segundo ele, a liberação imediata do pagamento do Seguro Safra também ajudaria o homem do campo. Para Landim, falta liderança do Nordeste no Congresso Nacional para agilizar ações necessárias à Região. "A seca me preocupa profundamente. O que estamos vivenciando no Nordeste e no Ceará é a diminuição, por baixo, da metade do nosso rebanho. Nosso comércio vai ter uma perda irreparável", avalia o deputado.

Emergência
Enquanto o parlamentar ressaltou a necessidade de mais urgência em algumas ações, o líder do governo na Casa, deputado Antônio Carlos (PT), fez um apelo aos municípios atingidos pela seca: que decretem estado de emergência, tanto no âmbito estadual como no federal.

O parlamentar explicou que preencher os formulários para a decretação de emergência é "burocrático", mas necessário, pois somente seguindo esse caminho, assegura, os municípios poderão receber verbas e garantir benefícios como o Garantia Safra e o Bolsa Estiagem. Segundo ele, até agora apenas 37 municípios encaminharam decreto de emergência à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).

Iniciativas
"Isso faz parte de uma burocracia e infelizmente é necessária para que as ações de combate à seca cheguem até a ponta de forma ainda mais célere. O Governo está trabalhando em níveis federal e estadual, mas o município também tem o papel importante", alegou. Antônio Carlos fez questão de salientar que o Governo do Estado vem tomando iniciativas para minorar o efeito da estiagem.

Segundo o deputado, o Comitê Integrado de Combate à Seca, que faz parte da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), anunciou, durante reunião realizada na segunda-feira, dia 14, um panorama da atual situação da seca no Ceará e discutiu a proposta de organização do Comitê em grupos setoriais como segurança hídrica, segurança alimentar, assuntos correlatos e obras estruturantes.

"A situação no Interior é grave e a SDA tem feito um grande trabalho para minimizar os efeitos da seca. Reconhecer os fenômenos é uma parte, mas ações perenes estão sendo feitas", destacou. Hoje, o segundo expediente da sessão da Assembleia será destinado a discutir a apresentação do plano estadual de convivência com efeitos da estiagem, com a participação do Comitê Integrado de Combate à Seca.

Fonte: Diário do Nordeste

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