O bicheiro Carlinhos Cachoeira confirmou as expectativas e não compareceu ao depoimento marcado para esta quarta-feira (23), no Conselho de Ética do Senado. Ele havia sido indicado pelos advogados do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) como testemunha de defesa do parlamentar e sua presença não era obrigatória.
Os senadores investigam se houve quebra de decoro por parte de Demóstenes. Segundo investigação da Polícia Federal, o parlamentar usava o cargo para beneficiar os negócios do contraventor.
De acordo com o presidente do Conselho, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), o órgão deve terminar a fase de apuração e votação do parecer que deverá pedir a cassação do mandato do senador até o fim de junho.
— Não tenho dúvidas de que terminamos o processo até junho. Do jeito que está, poderá ser até antes. Está bem adiantado o nosso trabalho. Cumprimos com a nossa obrigação de aprovar a oitiva das testemunhas que foram requeridas pela defesa.
O relator do processo de cassação, Humberto Costa (PT-PE), afirma que a ausência de Cachoeira não causa prejuízos para o andamento do processo.
— A leitura que a gente faz é que termina sendo negativo para o senador Demóstenes. Foi ele quem apresentou essa testemunha.
O relatório de Costa, que deve pedir a cassação do senador goiano, será votado em sessão aberta com voto nominal. Se os demais membros acatarem a sugestão do relator, será apresentado um Projeto de Resolução pedindo a cassação do parlamentar. O texto deverá ser votado, então, em plenário em sessão aberta, porém com votos secretos.
O depoimento do senador Demóstenes Torres perante o Conselho de Ética está programado para a próxima terça-feira (29).
Fonte: R7
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