O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou ontem, a pedido da Procuradoria Geral da República, a quebra de sigilo bancário do senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
O pedido é referente a um período de aproximadamente dois anos, época em que ele foi flagrado em diversas ligações telefônicas com o empresário Carlos Augusto Soares, o Carlinhos Cachoeira, investigado por suspeita de contravenção.
O ministro, que é relator do inquérito sobre o senador, também enviou pedido ao presidente do Senado, José Sarney, para que ele informe a relação de emendas ao orçamento da União apresentadas por Demóstenes.
As informações sobre o inquérito foram passadas pelo próprio Lewandowski, após uma série de pedidos da imprensa para ter acesso aos autos do inquérito. Ele disse que não poderia prestar informações detalhadas, pois trata-se de uma investigação sob segredo de Justiça.
Ao pedir a lista de emendas de Demóstenes, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, indica que analisará se o senador utilizou prerrogativas do cargo para favorecer Cachoeira.
O Senado vai decidir somente depois da Páscoa se instaura processo por quebra de decoro. O presidente interino do Conselho de Ética da Casa, senador Jayme Campos (DEM-MT), se declarou impedido para julgar o colega que é do mesmo partido.
Fonte: Diário do Nordeste
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