Moradores de rua são mortos a tiros

Dois moradores de rua foram mortos com tiros na cabeça na manhã deste sábado (10) em Águas Claras, cidade-satélite de Brasília. De acordo com informações da polícia, os homens identificados como Ivaldo e Adriano, estavam sem documentos e dormiam sob uma árvore na avenida principal da região conhecida como Areal.

A polícia ainda não tem suspeitos e não há pistas sobre o que teria motivado o crime. A perícia encontrou no local cápsulas de munição de pistola calibre 40. Os policiais vão ouvir testemunhas e não descartam a hipótese de crime encomendado.

O serralheiro José Francisco de Souza contou que dormia próximo ao local do crime quando um homem se aproximou das duas vítimas antes de disparar. Ele disse ainda que há alguns dias percebeu que um homem de bicicleta observava os moradores de rua.

"Me parece que foi mais de um tiro [em cada um]. Nenhuma hipótese é descartada", afirmou a delegada Silvana Pereira da Silva, da 21ª Delegacia de Polícia,  que cuida do caso.

Fogo em moradores de rua
Há duas semanas, outros dois moradores de rua foram atacados por três pessoas, em Santa Maria, no Distrito Federal. Um dos sem-teto, um rapaz de 26 anos, morreu devido às queimaduras.

Segundo testemunhas, entre 22h30 e 23h do dia 25 de fevereiro um grupo de sete jovens tentou colocar fogo no sofá onde os sem-teto dormiam. A primeira tentativa não deu certo. Cerca de uma hora depois, três jovens voltaram ao local e incendiaram o sofá.

Na última terça-feira (6), quatro suspeitos de terem ateado fogo aos moradores de rua foram presos. De acordo com a polícia, o mandante do crime seria o dono de uma marcenaria, que pagou R$ 100 para que os suspeitos dessem um "susto" nos moradores de rua. Segundo a polícia, o comerciante afirmou que a presença dos sem-teto prejudicava o comércio.

Índio Galdino
Há quase 15 anos, cinco jovens de classe média queimaram o índio Galdino de Jesus enquanto ele dormia em um ponto de ônibus, no centro de Brasília.

Um dos rapazes era adolescente e cumpriu medida socioeducativa. Os outros quatro foram presos e condenados.

Fonte: G1

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