Técnicos do Ministério da Integração Nacional e da Defesa Civil do Estado estiveram em Crato fiscalizando os serviços que foram executados durante a primeira etapa das obras de reconstrução do cenário de desastre no entorno do canal do Rio Granjeiro, ocasionado em virtude da enxurrada de janeiro de 2011 e agravada pela forte chuva que caiu na cidade no último dia 5 de março.
As equipes do Ministério e da Defesa Civil percorreram trechos da extensão do canal, averiguaram as áreas danificadas e coletaram dados sobre a atual estrutura. Os técnicos elaboraram um dossiê que será entregue ao ministro Fernando Bezerra Coelho, hoje, durante uma audiência oficial em Brasília, com o prefeito Samuel Araripe.
O canal do Rio Grangeiro foi construído no ano de 1957, pelo então prefeito Ossian Araripe. Agora, como medida emergencial, está sendo traçado um novo planejamento de ações conjuntas para a reconstrução das partes comprometidas, já que todas as obras realizadas pela Construtora Coral foram destruídas pela força das águas.
O projeto está orçado em R$ 500 mil. Entretanto, para a reconstrução do canal, serão necessários investimentos na ordem de R$ 50 milhões. Até agora, dos R$ 4 milhões liberados para que o Estado do Ceará executasse a reconstrução do canal do Rio Granjeiro, foram aplicados apenas R$ 2,5 milhões.
Para solicitar o reconhecimento do estado de emergência e planejar ações para solucionar a problemática do Canal do Rio Grangeiro, principal área de risco da cidade, o prefeito Samuel Araripe, em reunião com as equipes do Ministério da Integração Nacional e da Defesa Civil, apontou sugestões e também apresentou projetos que podem por fim ao problema.
Após a reunião, as autoridades chegaram a um consenso. De acordo com o que foi discutido, serão necessárias três etapas para concluir a requalificação das áreas do canal que foram destruídas. Inicialmente, visa fiscalizar os recursos que foram alocados na primeira etapa das obras de reestruturação para, depois, cobrar urgência de obras nos pontos mais críticos da construção. Por último, aprovar um projeto definitivo, que será construído por etapas.
O relatório vai mostrar as condições precárias em que encontra-se o Canal. Para o analista de infraestrutura do Ministério da Integração Nacional, Roni Peixoto, há necessidade de reparos nas obras que já foram executadas. "O Ministério está solicitando a complementação de informações do que já foi feito", diz.
YAÇANÃ NEPONUCENA
REPÓRTER
Fonte: Diário do Nordeste
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