Com greve de policiais civis, Ceará recebe reforço de escrivães federais

O estado do Ceará vai receber 23 escrivães federais vinculados ao Ministério da Justiça,   para atuarem no atendimento à população nas delegacias, enquanto durar a greve dos policiais civis, segundo informou nesta quinta-feira (5) o capitão da 10ª Região Militar, Francisco Antônio Perez.

Com isso, o Exército fica responsável apenas pela segurança das delegacias. .A informação foi dada a partir da reunião no Palácio da Abolição, na tarde desta  quinta-feira (5) entre o governador Cid Gomes (5), o comandante da 10ª Região Militar, general Gomes de Mattos, o secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Francisco Bezerra, o chefe de gabinete do governador, Ivo Gomes, e o chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho.

Adesões
A greve dos policiais civis entrou no terceiro dia, com mais adesões. Nesta quinta-feira (5), o G1 entrou em contato com 35 delegacias distritais de Fortaleza e apenas duas disseram estar funcionando normalmente. 

Os policiais civis das unidades especializadas também aderiram à paralisação da categoria. As delegacias regionais e municipais funcionam parcialmente.

O Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpoci) orientou a categoria a parar 100% dos serviços na última terça-feira (3), poucas horas antes do fim da paralisação dos policiais militares, iniciada no dia 29 de dezembro.

Os policiais civis reivindicam a implantação de um plano de cargos e carreiras, além de reajuste salarial. Eles querem que o salário deles seja o equivalente a 60% do salário de um delegado, que atualmente é de R$ 7.500. Atualmente, o salário de um policial civil representa 30% desse valor.

Segundo a presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sinpoci), Inês Romero, a paralisação vai continuar firme. “Por que os PMs têm a pauta atendida e a gente não? Vamos continuar sim”, disse Inês, informando que não foi avisada sobre a reunião entre governador.

Entenda o caso
Esta é a terceira paralisação dos policiais civis em seis meses. A primeira ocorreu no dia 2 de julho de 2011, mas foi decretada ilegal em 5 de julho pela 6ª Vara da Justiça. A categoria retomou as atividades em 3 de agosto após impasses com a Justiça. Nova paralisação foi realizada em 14 de outubro, mas o movimento, mais uma vez, foi considerado ilegal pela Justiça, fazendo com que os policiais voltassem ao trabalho em 14 de dezembro.

Nas duas primeiras paralisações a categoria permaneceu com 30% do efetivo trabalhando nas delegacias cearenses. Agora, no entanto, segundo informações do Sinpoci, 100% do efetivo policial está orientado a paralisar as atividades.


Polícia Militar
Os policiais militares e bombeiros deixaram o prédio da 6ª Companhia do 5º Batalhão na quarta-feira (4) para voltar ao expediente após cinco dias de paralisação. A 6ª Companhia foi o ponto de concentração da categoria na paralisação que começou em 29 de dezembro e terminou na quarta (4) com acordo entre governo e PMs. A manifestação só terminou, após o Governo do Estado atender a reivindicação de reajuste salarial. Exército e Força Nacional foram convocados para policiar o Ceará e permanecem no Estado.

Fonte: G1

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