Filho mais novo de Kim Jong-il presta homenagem ao pai durante velório

O corpo do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, que morreu no sábado vítima de um ataque cardíaco, começou a ser velado nesta terça-feira em Pyongyang, capital do país. Seu filho mais novo, Kim Jong-un, anunciado como seu "grande sucessor", participou da cerimônia para homenagear o pai, assim como integrantes do alto escalão do Partido dos Trabalhadores.

O corpo de Kim Jong-il está sendo velado no Palácio Memorial de Kumsusan, mesmo local onde está o mausoléu de seu pai, Kim Il-sung, de quem herdou o poder em 1994.

A emissora estatal norte-coreana exibiu imagens do velório e do corpo de Kim Jong-il, que aparece vestido seu tradicional uniforme militar, coberto por um manto vermelho e rodeado por flores vermelhas e brancas.

Uma placa indica as datas de nascimento e morte do líder: "1942-2011". Especialistas afirmam, porém, que Kim Jong-il nasceu em 1941 e que a data foi alterada para que seu nascimento acontecesse exatamente 30 anos após o de seu pai.

Esta é a primeira atividade de Kim Jong-un desde a morte de seu pai. Sua preparação para suceder o pai tinha começado no ano passado, quando foi indicado para a Comissão Nacional de Defesa, mais importante órgão do governo do país.

O funeral de Kim Jong-il está marcado para o dia 28 de dezembro, um dia antes de ser encerrado o período oficial de luto, que no total terá duração de onze dias. Autoridades norte-coreanas afirmaram que nenhuma delegação estrangeira será convidada.

Coreia do Sul
Apesar de as ruas de Pyongyang estarem calmas, a morte de Kim Jong-il aumentou a tensão na região.

O governo da Coreia do Sul colocou seus militares em estado de alerta em meio ao temor de que a morte de Kim Jong-il possa causar instabilidade no país comunista, empobrecido mas com armas nucleares.

Nesta terça-feira, o governo da Coreia do Sul expressou seus pêsames ao cidadãos norte-coreanos pela morte de Kim Jong-il, mas indicou que nenhuma delegação irá ao país para transmitir condolências "oficialmente".

A Coreia do Sul lamentou a morte do líder norte-coreano mais de 24 horas depois de a notícia ter sido anunciada. De acordo com a agência de notícias sul-coreana, a Yonhap, autoridades tiveram longas discussões sobre se tal demonstração de solidariedade seria conveniente.

Também nesta terça-feira, o presidente da China, Hu Jintao, visitou a Embaixada da Coreia do Norte em Pequim e disse que o país está aberto a receber Kim Jong-un. Na véspera, o governo chinês enviou uma mensagem de apoio aos norte-coreanos.

Comoção nas ruas
Na segunda-feira, centenas de norte-coreanos saíram às ruas da capital, Pyongyang, para lamentar a morte do líder do país. A emissora estatal transmitiu cenas do que chamou de “dor indescritível”.

No centro de Pyongyang, uma multidão que incluía crianças e idosos se ajoelhou diante de fotos gigantescas de Kim Jong-il. “Volte, general, volte. Não podemos acreditar que você foi embora”, afirmou uma mulher, tremendo, em entrevista à rede KCNA.

A emissora estatal também exibiu imagens de integrantes dos Partido dos Trabalhadores chorando, batendo em mesas e soluçando. “Não posso acreditar. Como ele pode partir assim? O que devemos fazer?”, questionou uma autoridade.

Fonte: Último Segundo

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