Plantão Infotech: 'Queridinho' no Brasil, plano pré-pago pode sair mais barato que pós; aprenda a escolher

Mudar de um plano pré para pós-pago era uma das manobras possíveis para "tagarelas" economizarem com ligações de celular: isso por causa do minuto mais barato cobrado por ligação, além de opção para aqueles que precisavam contratar internet móvel para o recém-adquirido smartphone. Mas com uma enxurrada de promoções das operadoras e novas modalidades de cobrança dos serviços, já começa o movimento inverso, da volta à recarga de créditos. Essa tendência, no entanto, não vale para todos. O importante, na hora de escolher um plano, é saber exatamente o que se usa e quanto se usa para fazer a escolha certa: pré ou pós.

Se antes o preço mais baixo no minuto cobrado pelas ligações em planos pós-pagos era um atrativo, hoje isso já não é mais tão relevante, explica Eduardo Tude, presidente da Teleco, consultoria especializada em telecomunicações. “As promoções tornam o plano pré-pago às vezes mais competitivo que o pós”, destaca o especialista.

A opção pelo “celular de conta” ainda é válida, por exemplo, para quem tem um consumo estável dos serviços. Mas o surgimento de planos de controle (que fixam um valor mensal ao usuário e possibilitam a recarga de créditos quando ele acaba) e cobrança por dia do uso de voz, dados ou internet acaba sendo mais vantajosos para quem, vez ou outra, “estoura” a conta em um desses serviços.

Fazer um “pente-fino” na conta pós-paga, apesar de não ser uma das tarefas mais divertidas, pode render uma boa supresa. O caso de Iolanda Marteloti, 27, arquiteta de informação, que teve a conta avaliada pelo UOL Tecnologia, ilustra bem a economia que poderia ser feita com a “volta” para um plano pré-pago. Para ela, valeria a pena essa troca.

Ela, que sempre teve plano pré, adquiriu um iPhone 4 logo que ele foi lançado, em setembro do ano passado. Naquela época, ainda não existia o serviço de internet pré-paga, com cobrança por dia de uso. “Comprei meu primeiro smartphone e achei que compensava ter o plano de dados”, conta. Contratou então um plano de 50 minutos, o mais barato com exceção aos planos de controle. Iolanda não considera gastar muito com serviços de voz, até porque diz “detestar falar ao telefone”, mas usa muito o de SMS, restrito a 50 mensagens por mês, e internet móvel ilimitada.
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A conta, que ficaria em volta de R$ 89 mensais, sempre vem mais cara. No mês de setembro, foram R$ 157. Um dos “vilões” é o SMS: cada mensagem, segundo Iolanda, custa quase R$ 0,50. No entanto, outro culpado pelo gasto a mais foi justamente o serviço de voz – que ela diz não usar “tanto”.

Caso optasse pelo plano pré-pago, na operadora da qual é cliente, ela pagaria preços fixos para as ligações feitas, independe do tempo de duração das ligações. Por dia que usasse o serviço também ilimitado de SMS, seriam descontados R$ 0,50. O mesmo aconteceria com a internet, cobrada por dia utilizado, mas com velocidade restrita a 300 kbps (kilobit por segundo) e limite de 300 MB em dados. No final, a conta de setembro poderia ter sido de aproximadamente R$ 64. Quase R$ 93 reais a menos que a conta do plano pós. Ao saber da diferença, Iolanda ficou surpresa, mas afirmou que não trocaria de plano sem a possibilidade de ficar com a internet ilimitada.

Outro exemplo, mas de alguém que já “fez o caminho de volta” para o serviço pré-pago é o de Solange Soares, 42, analista financeira. Ela conseguiu fazer o gasto mensal com o celular cair de R$ 42 (pós) para R$ 17 (pré). “No plano pós, você sempre acaba pagando alguma coisa a mais. Meu gasto maior é com mensagens de texto e recebo muito mais ligações do que faço. Então, há um ano, voltei a ter pré-pago”, explica.

Os exemplos mostram que, além de ficarem atentos às promoções, os usuários devem levar em conta, antes de tudo, o próprio perfil na escolha da modalidade dos planos. Questionada se voltaria a ter um plano pós no futuro, Solange diz que não descarta a possibilidade. “Tenho dois filhos que logo estarão na idade de usar celular, então talvez um ‘pacote família’ pós-pago seja melhor para nós”, pondera.
 
No Brasil, embora a diferença venha caindo ao longo dos últimos anos, o número de linhas pré ainda é bem superior às pós-pagas, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A cada dez celulares no país, oito deles têm planos pré-pagos. Nas regiões Norte e Nordeste, o número sobe para nove em cada dez celulares. No total, o país tem 227 milhões acessos móveis – já são 21 Estados com mais de uma linha por habitante.

“O celular pré-pago sempre foi a opção para quem tem renda mais baixa, por permitir um controle melhor de gastos. Ele evita surpresas no fim do mês na conta e evita que o consumidor gaste mais do que tem”, lembra Eduardo Tude.

O sucesso do modelo de recarga de créditos já “contamina” também a oferta de serviços de internet. Uma pesquisa elaborada pela Teleco a pedido da Huawei indica que mais da metade dos acessos à internet móvel (51%) tem plano de dados pré-pago para o serviço. Desse total, 75% disseram que não pretendem mudar para planos pós. Para o levantamento, foram entrevistadas 1.000 pessoas, de 14 e 65 anos em Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

Fonte: UOL Tecnologia
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