Governador do Ceará justifica corte de grevistas como 'medida rigorosa'

“Quem faz greve tem que saber que está fazendo uma medida extrema, que requer também da parte do Governo medidas rigorosas, no caso o corte no salário”, afirmou o governador do Ceará, Cid Gomes, questionado sobre o desconto no salário dos professores em falta durante a greve.

De acordo com o a presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Ceará, Inês Romero, a decisão é “ilegal” e “arbitrária”. O sindicato denuncia que 199 profissionais tiveram corte salarial, inclusive servidores que não faltaram durante a greve.

A frase foi dita durante a inauguração de um presídio no Ceará, que teve a presença do ministro da Justiça, Jesuíno Cardoso, em Pacatuba, nesta terça-feira. Os policiais civis estiveram presentes para requisitar uma reunião com Cid Gomes para discutir os pontos exigidos pelos grevistas.

A categoria exige reformulação do plano de cargos, salários e carreiras dos policias. Atualmente, um escrivão recebe 30% do salário de um delegado da polícia civil; eles reivindicam receber 60% do salário de um delegado.

Cid Gomes afirmou nesta segunda-feira que as negociações estão sendo tomadas pelo secretário estadual de Segurança Pública, Francisco Bezerra. O governador disse também que vai agendar uma reunião com os policiais em greve.

A greve dos policiais civis no Ceará começou no dia 2 de julho e foi decretada ilegal em 5 de julho pela 6ª Vara da Justiça. Em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a decisão judicial que determina a greve como ilegal. O STF entendeu que o juiz da 6ª Vara não tinha competência para julgar a greve dos policiais civis. "No entendimento do Governo do Estado, a derrubada da decisão não retira a ilegalidade da greve", havia Antônio Castelo, na semana passada.

Fonte: G1

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