WikiLeaks interrompe atividades por falta de dinheiro


A organização WikiLeaks, que publicou milhares de documentos comprometedores de governos do mundo todo, anunciou nesta segunda-feira (24) que deixará de funcionar por falta de financiamento.
O anúncio foi feito pelo fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em entrevista coletiva em Londres. Assange está retido no Reino Unido, aguardando a conclusão de um julgamento de extradição para a Suécia, onde é acusado de supostos abusos sexuais.
O WikiLeaks destacou que suspende a divulgação de documentos secretos oficiais devido ao "bloqueio arbitrário e ilegal" feito por empresas americanas, como Bank of America, Visa, MasterCard, PayPal e Western Union, que dificultaram o acesso a fontes de financiamento. Segundo o site, o bloqueio destruiu 95% de sua receita e custou bilhões de euros pela perda de doações durante um período de 11 meses. Agora, o site se concentrará em arrecadar fundos

Revelou segredos das principais potências do mundo
O WikiLeaks foi criado em 2006 com o objetivo de revelar ao grande público o conteúdo de documentos classificados como confidenciais. Pessoas que não eram identificadas enviavam documentos para o site. Após uma leitura e checagem dos dados, esses documentos eram disponibilizados para leitura. A maior polêmica do WikiLeaks foi o vazamento de cerca de 250 mil documentos diplomáticos confidenciais do Departamento de Estado dos Estados Unidos, revelando detalhes da política externa americana. As informações foram entregues a cinco grandes veículos de imprensa do mundo, entre eles o americano "The New York Times", o francês "Le Monde", e o britânico "The Guardian". O conteúdo dos documentos diplomáticos secretos revelavam uma visão pouco amistosa dos EUA com relação a alguns países e líderes mundiais.

Fonte: UOL

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