Professores e Polícia entram em confronto na Assembleia Legislativa


Os professores que faziam parte da greve de fome na Assembléia Legislativa, e foram detidos pelo Batalhão de Choque durante confronto na manhã desta quinta-feira, 29, já foram liberados. O clima ainda é de tensão na Casa Legislativa. Alguns professores estão se dispersando, mas o movimento ainda é grande próximo ao plenário, que continua com o acesso bloqueado. O presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Cláudio, deverá receber, em seu gabinete, uma comitiva de professores grevistas, após a sessão.

Confronto
Segundo a professora Laura Lobato, uma das docentes que estava participando da greve de fome, os policiais do Batalhão de Choque chegaram por volta de 8 horas para expulsar os docentes da entrada do plenário. "A reação foi de enfrentamento, nós não recuamos. E aí, eles bateram. Essa foi a nossa reação", ressaltou a professora. A professora relata que desmaiou durante o confronto. Os outros professores foram detidos e encaminhados ao subsolo da Assembleia. Por voltas das 11h da manhã, os professores foram liberados.

Ela informou ainda que o clima ficou calmo apenas com a chegada da Comissão de Direitos Humanos à Assembleia. Ainda de acordo com a professora, a greve de fome vai continuar por tempo indeterminado, mesmo com o fim da manifestação de hoje. Durante o protesto, um professor foi agredido na cabeça e levado ao hospital. De acordo com informações dos manifestantes, ele sofreu traumatismo craniano. Os professores, em greve há 54 dias e com alguns fazendo greve de fome na Casa, dizem que a agressão partiu da Polícia, enquanto os policiais dizem que os ferimentos foram provocados por objetos arremessados.

O Batalhão de Choque afastou os docentes da porta de entrada do plenário da Assembleia. Uma comissão dos docentes tenta conversar com o presidente da Casa. A entrada no plenário continua barrada por policiais. Alunos de escolas públicas chegaram à Assembleia para se juntar à manifestação dos professores, com instrumentos musicais. Professores distribuíram sanduíches e refrigerantes para os manifestantes.

Fonte: O Povo

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