Inscrições para o Enem começam nesta segunda (7)

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começam às 10h de segunda-feira (7) e vão até o dia 18 de maio. Mesmo os candidatos que pediram isenção da taxa de inscrição no Enem devem se inscrever, na Página do Participante.

O pagamento da taxa de inscrição para quem não conseguiu a isenção, no valor de R$ 82, pode ser feito até o dia 23 de maio, nas agências bancárias, casas lotéricas e agências dos Correios.

Para fazer a inscrição, o participante deverá apresentar o número do CPF e do documento de identidade e criar uma senha. O número de inscrição gerado e a senha cadastrada deverão ser anotados em local seguro, pois serão solicitados para o acompanhamento da situação da inscrição na Página do Participante. Esses dados também serão usados para consulta do Cartão de Confirmação da inscrição e para a obtenção dos dados individuais dos candidatos.

Na hora da inscrição, o candidato deverá informar um endereço de e-mail válido e um número de telefone fixo ou celular, que serão usados para enviar informações sobre o exame. Também deve ser indicado o município onde o candidato quer realizar o exame e a língua na qual quer fazer a prova de língua estrangeira (inglês ou espanhol).

Atendimento
O candidato que necessitar de atendimento especializado ou específico deve fazer essa solicitação no ato da inscrição. O atendimento especializado pode ser pedido para pessoas com problemas como baixa visão, cegueira, deficiência física, deficiência auditiva, deficiência intelectual, dislexia ou autismo.

O atendimento específico pode ser solicitado para gestante, lactantes, idosos, estudantes em classe hospitalar ou com outras condições específicas.

Os candidatos travesti ou transexuais que desejarem também poderão pedir atendimento pelo nome social.

Provas
As provas do Enem deste ano serão realizadas em dois domingos, nos dias 4 e 11 de novembro. o primeiro dia da prova, que reúne redação e questões de linguagens e ciências humanas, terá cinco horas e meia de duração e o segundo dia, com questões de ciências da natureza e matemática, terá cinco horas.

Os resultados do Enem poderão ser usados em processos seletivos para vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

Cariri terá primeiro Centro de Referência Sobre Drogas

Após três anos implantado em Fortaleza, o Centro de Referência sobre Drogas (CRD) chega à terra do Padre Cícero para atender 19 municípios do Cariri. Com parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado, o primeiro equipamento do Interior do Ceará funcionará no Centro Multiuso, ao lado do Vapt Vupt. Com ele, as políticas públicas sobre uso de álcool e drogas serão integradas, promovendo ações de prevenção, acolhimento e encaminhamento de usuários e seus familiares para a rede assistencial, além de capacitar colaboradores e fomentar pesquisas.

A expectativa é de que o CRD do Cariri seja inaugurado na primeira quinzena deste mês. Os equipamentos já chegaram ao prédio e os profissionais que irão atender participaram de treinamento no último dia 20 de abril. Como contrapartida, o Município cederá os profissionais como psicólogo, assistente social, enfermeiro, motorista, recepcionista e auxiliar de serviços gerais.

Funcionamento
O CRD realiza um trabalho intersetorial, que deve integrar as secretarias municipais de Saúde e de Desenvolvimento Social e Trabalho. Os pacientes que procurarem o equipamento terão seu caso avaliado e poderão ser encaminhados para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) ou para as comunidades terapêuticas parceiras do projeto. "O dependente químico tem uma família sofrendo e fica sem saber quem procurar. O Centro é a porta de entrada. Lá vai ter essa equipe para avaliar o caso", explica o titular da Secretaria Especial de Políticas sobre Drogas do Estado (SPD), Will Almeida.

Caso o paciente seja transferido, um veículo estará disponível para transportá-lo e iniciar o tratamento. "Já temos algumas comunidade terapêuticas cadastradas e conveniadas em Barbalha e Mauriti, e estamos tentando parceria em Juazeiro", projeta Will. Nestes locais, as pessoas serão acolhidas darão início à recuperação para reinserir o dependente no convívio familiar.

Qualificação
Em Fortaleza, o projeto Novas Escolas, realizado pela SPD, tem ofertado cursos profissionalizantes, qualificando os pacientes. Além capacitações sobre autoconhecimento e comunicação, as pessoas atendidas recebem aulas para trabalho de pedreiro e mecânico, por exemplo. A ideia é estendê-lo ao Cariri. "A gente vem conseguindo recuperar pessoas da dependência química, considerada doença crônica, que necessita alerta constante, do acompanhamento que o centro proporciona", completa.

No ano passado, na Capital, o CRD realizou 2.044 atendimentos presenciais. Além disso, a equipe faz visitas pelas unidades móveis, palestras e auxílio por telefone. "Nós temos vários casos de pessoas que foram encaminhados para as comunidades terapêuticas e lá foi feito o trabalho de recuperação da autoestima e da aproximação da família, além da reinserção profissional", exata Will Almeida.

Ainda segundo suas informações, Juazeiro do Norte foi escolhida para receber o equipamento pela sua importância e seu crescimento. Além disso, o Município é referência na Saúde Mental no Estado, pois já existe uma rede organizada, incluindo Caps Álcool e Drogas (AD), Caps III e Infanto-Juvenil. Atualmente, é este equipamento que faz o primeiro atendimento e realiza a desintoxicação do paciente.

Fortalecimento
A secretária da Saúde de Juazeiro do Norte, Nizete Tavares, afirma que o CRD fortalece esta rede como mais um espaço para atender os pacientes, não só do Município, mas da região. "Ele vai atender necessidade, não só de saúde, mas sociais. Não dá para fazer saúde sozinho. Ela passa por coisas que fogem à nossa Pasta, por isso são importantes as parcerias. A saúde mental é uma necessidade premente. O estilo de vida e o consumismo vêm levando a grandes frustrações", acredita.

Além disso, Nizete lembra que a Pasta já vem trabalhando na prevenção e promoção da saúde mental, que evita contato com álcool e drogas. Hoje, os Caps AD e Caps III - voltado ao público em geral - atendem 24h e trabalham junto com o Programa Saúde da Família (PSF), já que muitos pacientes não precisam estar nestes locais e são acompanhados em suas casas. "Ainda assim, estamos pensando em instalar uma Casa de Acolhimento", projeta.

Segundo Elizângela de Gouveia, diretora da rede de saúde mental de Juazeiro do Norte, o paciente chega a ficar 14 dias interno, podendo ser prorrogado por mais 14 dias. Estando mais estável, ele passa a fazer um tratamento na modalidade intensiva. O tratamento intensivo é diário; o semi-intensivo, três vezes por semana; e o não-intensivo, três vezes por mês. Depois disso, é trabalhada a inserção social. Parceiros como o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Sistema Nacional de Empregos (Sine) auxiliam na capacitação e na procura de emprego. "A família também participa, pois quem cuida também adoece", explica.

Perfil
Hoje, só o Caps AD recebe cerca de 200 pacientes por dia. Às vezes, são 120 por turno. A maioria tem problemas com o álcool e a busca pelo serviço público costuma ser por pessoas mais pobres. "O álcool está na maior parte das classes. Por ser lícito, quem não consome é como se não estivesse agregado à sociedade e o álcool é a porta de entrada para as outras", acredita.

"Infelizmente é um problema social grande, porque estamos vivendo numa sociedade que procura as drogas como fuga dos seus problemas, suas dificuldades. Como o álcool é uma substância depressiva, depois de um tempo de uso, as pessoas não querem isso. Ele também está associado, principalmente, à cocaína que a pega uma classe de média para alta", descreve.

Geralmente, os pacientes vão até este tipo de serviço acompanhados dos familiares ou de algum profissional da Saúde no serviço público. "É muito raro ele mesmo procurar", conta. É comum a comunidade identificar uma situação de vulnerabilidade e buscar apoio das secretarias, por isso, trabalham com as pastas de Educação e Desenvolvimento Social e Trabalho.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

'Cinco vezes por dia não era suficiente', diz mulher viciada em sexo

O vício em sexo divide a opinião de especialistas, mas para algumas pessoas é uma condição bastante real que pode ser vergonhosa e até "destruidora de vidas". A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) deve incluir, em maio de 2019, o "transtorno do comportamento sexual compulsivo" em sua lista da Classificação Internacional de Doenças.

Enquanto isso, no Reino Unido, a instituição beneficente de apoio a relacionamentos Relate tenta viabilizar suporte às vítimas por meio do sistema público de saúde, o NHS.

Atualmente existem terapias e trabalhos em grupo disponíveis nessa área, mas a maior parte é paga.

"Seria apropriado que viciados em sexo também pudessem ir ao seu médico de família para obter apoio, porque isso tem um efeito devastador sobre eles, sobre seus relacionamentos, sobre suas famílias, sobre sua situação financeira e saúde mental".

A seguir, duas pessoas que sofrem do vício relatam como o transtorno afetou suas vidas:

'Passei a evitar a convivência com outras pessoas, me isolei'
"Até fazer sexo cinco vezes ao dia não era suficiente", diz Rebecca Barker, mãe de três filhos, que viu a compulsão tomar conta de sua vida em 2014. E arruinar seu relacionamento.

Por causa do vício, ela ficava constantemente pedindo para fazer sexo com o parceiro.

"Era literalmente a primeira coisa em que eu pensava quando acordava. Eu simplesmente não conseguia tirar isso da cabeça", diz a mulher de 37 anos, originalmente de Tadcaster, em North Yorkshire, na Inglaterra.

"Eu sentia que tudo remetia a isso. Acho que tinha a ver com minha depressão e com a falta de serotonina. Eu sentia como se meu corpo inteiro estivesse desejando isso".

"Me dava uma satisfação instantânea e cinco minutos depois eu queria (sexo) de novo."

"Passei a evitar a convivência com outras pessoas, me isolei. Ficava em casa porque me sentia envergonhada por só conseguir pensar naquilo. Mesmo que ninguém pudesse ler minha mente, ainda me sentia muito desconfortável por estar perto de outras pessoas."

A dependência de Barker trouxe sérios problemas a seu relacionamento. Embora seu parceiro tenha gostado da situação no início, ela acabou se tornando insuportável.

"Ele estava bem com isso no início, mas no final não conseguia entender de jeito nenhum. Depois de alguns meses, começou a levantar questões sobre as causas, sobre de onde isso vinha.

"Ele me acusou de ter um caso - pensava que eu deveria estar me sentindo culpada e que queria fazer sexo com ele para compensar."

Em novembro de 2014, Barker "precisou de um tempo" no relacionamento e foi ficar com a mãe.

"Quando saí, disse ao meu parceiro que precisava melhorar. Ele me deixou ir e nosso relacionamento acabou muito rapidamente depois disso.

"Eu estava sob os cuidados de um psiquiatra na época - ela dizia com frequência que mudaria minha medicação, mas nunca disse que havia algum grupo de apoio (para pessoas com esse tipo de problema) ou algo assim."

Barker foi diagnosticada com depressão em 2012 após o nascimento de seu terceiro filho. Ela disse que depois de a doença ter se intensificado em 2014, mudou de emprego, se separou do parceiro e se mudou para a França.

"Mudei muito meu estilo de vida para superar a depressão e o vício, e acho que tem funcionado", disse ela.

O que é vício em sexo?
'É como ser um alcóolatra - e não há nada de sexy nisso'

Graham - nome fictício para proteger sua identidade na reportagem - disse que sua compulsão o levou a trair sua esposa com "centenas" de profissionais do sexo e que isso o deixou com uma "culpa enorme".

Graham, que tem cerca de 60 anos, estima ter pagado centenas de libras mensalmente por sexo, durante vários anos, mesmo tendo construído relacionamentos com algumas das garotas de programa.

"O que começou com um caso no trabalho levou a outro - mas, ao contrário da maioria dos casos de escritório, o meu era um vício que eu tinha de alimentar todos os dias."

"Você tem um caso e depois quer outro e outro."

"Logo percebi que o jeito mais rápido e conveniente de alimentar meu vício era pagar por isso. Eu estaria com acompanhantes, profissionais do sexo, três ou quatro vezes por semana."

"É como ser um alcóolatra, é um ciclo que você constrói na sua cabeça - você cria toda uma expectativa imaginando como aquilo acontecerá - e você vai e faz conforme planejou."

Remorso
Graham parou de levar sua "vida dupla terrível" quando sua esposa descobriu um e-mail suspeito e o confrontou.

Ele buscou ajuda do Viciados em Sexo Anônimos (SAA, da sigla em inglês), que tem 78 grupos de autoajuda no Reino Unido, e disse que se absteve de sexo extraconjugal por vários anos.

"Quando fui descoberto, lembro de sentir algo como 'graças a Deus - alguma coisa pode mudar'."

"Eu fui ao SAA, que oferece um tratamento baseado na abstinência. Eu chamo de ir da vergonha à dignidade."

"É um grande alívio ir às reuniões e descobrir que há outras pessoas tão infelizes - e sórdidas - quanto você.

"Para as pessoas que estão nesta situação, eu só quero que saibam que há uma saída e que é possível quebrar o ciclo."

Fonte: BBC Brasil

Curta nossa página no Facebook

Atoleiros, valas e riachos desafiam quem trafega pela vias rurais do Ceará

As chuvas deste 2018 têm aliviado o sofrimento de milhares de sertanejos. Encheu barreiros, trouxe fartura para as lavouras, mas também um grande desafio: o escoamento das produções agrícolas, principalmente de milho, de feijão e de legumes. A colheita foi iniciada e com ela veio a preocupação de como chegará às feiras livres e mercados. As águas dos rios estão baixando, mas o lamaçal, atoleiros e enormes valas estão dificultando o tráfego dos veículos, inclusive de grande porte, nas artérias vicinais do Ceará.

Quixadá, no Sertão Central, é um exemplo. Historicamente, é onde chove menos na região durante a Quadra Chuvosa, mesmo assim, o volume do mês passado foi o suficiente para impossibilitar o tráfego em diversas estradas. As máquinas tinham nivelado a maioria delas durante o ano passado.

"O serviço está sendo feito novamente", explicou o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Kleber Júnior. "Onde havia atoleiros utilizamos areia dos rios e cascalho. O nosso tráfego rural está voltando ao normal", completou.

Na região Norte do Estado, Granja registrou as maiores chuvas de abril. Foram 648mm, 159.6% acima da média do mês, o que agravou a situação das estradas que interligam a zona rural, prejudicando o deslocamento de muitos moradores.

A cerca de 30Km da sede, num trecho da comunidade de Paula Pessoa, a força das águas do Rio Itacolomy arrastou parte da estrada, formando um profundo buraco, próximo da cabeceira da única ponte de acesso a várias localidades.

Segundo Raimundo Braz, subsecretário de Infraestrutura do Município, com a redução das chuvas, trabalhos de manutenção têm sido realizados. "À medida em que a chuva cessa, obras de terraplanagem e compactação vão minimizando os danos. É grande a extensão de estradas não asfaltadas que interligam as muitas comunidades. Com a redução no fluxo das águas, aos poucos, as demandas vão sendo atendidas, num trabalho constante de reparos", afirma.

Em Crato, a melhoria das estradas que ligam à zona rural é reivindicação antiga da população. Nas vias que dão acesso à sede do distrito de Baixio das Palmeiras, as chuvas criaram buracos e a vegetação toma conta. A pavimentação solta e a lama impedem que alguns veículos transitem por lá. No Sítio Chico Gomes, o médico que atende a comunidade quinzenalmente não pôde ir porque o caminho estava intransitável.

Na Vila Padre Cícero, entre Crato e Juazeiro, uma cratera se formou e os moradores temem ficarem ilhados. Segundo eles, a Prefeitura já fez reparo duas vezes no mesmo local, mas a força da água danificou a estrada novamente. Já no acesso ao distrito Campo Alegre, os moradores aguardam há 16 anos. Os buracos, que tomam toda pavimentação, impedem a subida e descida de veículos de maior porte. Lá também é trajeto para a rodovia que liga o Município a Nova Olinda e a Exu (PE).

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) informou, em nota, que já tem um projeto para as estradas no distrito de Baixio das Palmeiras, onde será realizado o serviço de pavimentação em pedra tosca e a construção de uma passagem molhada. Em relação às estradas vicinais, ainda na primeira quinzena de maio, chegará mais um equipamento para realizar o serviço de manutenção dessas estradas.

Ponta a ponta
As chuvas de abril foram suficientes para avariar boa parte das rodovias federais, estaduais e estradas municipais no Interior do Ceará. De um extremo ao outro do Estado, há reclamação dos condutores de veículos motorizados. Muitos trechos das BRs e CEs apresentam péssimo estado de conservação. A situação piora nas vias de acesso às comunidades rurais, carroçáveis, cortadas por rios e riachos. Muitas estão intransitáveis.

Os governos federal, estadual e dos municípios até se empenham para recuperar os trechos danificados, mas a água tem agido com mais rapidez. Enquanto se tapa um bueiro, outros se multiplicam, essa é a sensação de quem cruza as rodovias oficiais cearenses e também por moradores de localidades distantes dos centros urbanos, em todas as regiões do Estado.

Quanto às BRs, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não atualiza o mapa das condições das rodovias desde setembro do ano passado. Até antes do período chuvoso, 56% delas apresentavam boa conservação para o tráfego regular. Eram 1.974 Km de rodovias. Outros 705Km (20%) apresentavam situação regular e 846Km, o equivalente a 24% do total, se encontravam em situação ruim ou péssima.

De lá para cá o fluxo piorou, como na BR-122, entre Quixadá e Banabuiú. A buraqueira aumentou no trecho de 40Km entre as duas cidades. Em alguns quilômetros, os motoristas começaram a abrir passagens nos acostamentos para evitarem danos aos veículos e o risco de serem assaltados. "O mato cresceu na margem da BR. É ideal para os assaltantes se esconderem e surpreenderem a gente", comentou o autônomo Almir Ferreira. Ele viaja duas vezes por semana de Fortaleza a Banabuiú.

Uma das mais movimentadas e importantes, a BR-116, está esburacada no trecho entre as cidades de Jaguaribe e Icó - entre os quilômetros 300 e 375. Os motoristas reclamam do risco de acidentes porque os veículos fazem desvios em ziguezague, e de corte de pneus. Em um dos pontos há uma verdadeira cratera, sinalizada de forma improvisada com galhos de árvores.

O segmento mais crítico fica entre os quilômetros 350 e 375, no sentido Jaguaribe - Icó. "Isso é um absurdo, um desrespeito", reclamou o caminhoneiro Geraldo Marques. "Para onde está indo o dinheiro dos nossos impostos?", questionou. Segundo o agricultor Francisco Nunes, quase que diariamente ocorrem acidentes no trecho. "Uma carreta não tombou por pouco, ficou atravessada, quase caindo fora da pista", testemunhou.

Quem percorre a via esburacada percebe carros com pneus estourados nas margens. "A gente tem de andar com atenção, porque os buracos estão intercalados com trecho bom", frisou o representante comercial Luís Carlos Melo. "Lá para o lado de Ipaumirim também há buracos que trazem surpresa desagradável para os condutores".

O segmento da BR-230, entre as cidades de Várzea Alegre e Farias Brito, no Sul do Ceará, já está novamente esburacado, para impaciência dos motoristas e risco de acidentes.

ALEX PIMENTEL
COLABORADOR/SUCURSAIS

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

Correios vão fechar 513 agências e demitir 5,3 mil

Os Correios decidiram fechar nos próximos meses 513 agências próprias e demitir os funcionários que trabalham nelas, o que deve atingir 5.300 pessoas. A medida foi aprovada em reunião da diretoria em fevereiro e é mantida em sigilo pela empresa. Quem participou dela teve de assinar um termo de confidencialidade, o que não é usual. Na lista há agências com alto faturamento. Em Minas, das 20 mais rentáveis, 14 deixarão de funcionar. Os clientes serão atendidos por agências franqueadas que funcionam nas proximidades das que serão fechadas.

Fim de linha
Em São Paulo, serão fechadas 167 agências – 90 na capital e 77 no interior. A decisão causa polêmica dentro dos Correios. O assunto foi tratado como extrapauta na reunião da diretoria sem o anexo da relação de agências. A desconfiança é de que a medida foi tomada para beneficiar os franqueados.

O ex-presidente dos Correios Guilherme Campos justificou que serão fechadas agências próprias que ficam muito próximas de outras operadas por agentes privados. Ele diz que o número de demissões pode ser até maior. Vai depender da capacidade financeira da empresa para indenizar os trabalhadores.

A decisão exigiu sigilo, segundo o ex-presidente, porque envolve a demissão de muitos funcionários da empresa. A economia anual com o fechamento das agências somada às demissões é calculada em R$ 190 milhões.

Fonte: Estadão

Curta nossa página no Facebook

Mortes causadas pelo vírus H1N1 sobem 91% no Ceará

Subiu para 21 o número de óbitos em decorrência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo vírus H1N1 no Ceará. O número, divulgado nesta sexta-feira (4) pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) por meio de boletim epidemiológico, foi atualizado na última quinta-feira (3) e é 91% superior ao último levantamento — que contabilizou 11 mortes.

O Ceará conta com 99 casos confirmados da doença — 23 a mais que o registrado no boletim anterior. Ainda de acordo com a Sesa, dentre os óbitos estão 12 mulheres e 9 homens, sendo 11 crianças de até 4 anos e idosos (acima dos 60 anos).


As mortes em decorrência do vírus H1N1 aconteceram em 11 municípios cearenses, com destaque para Fortaleza, que soma nove óbitos, e Eusébio, com três. As outras cidades foram Aracati, Caucaia, Crateús, Iracema, Maracanaú, Milhã, Paraipaba, São Gonçalo do Amarante e Solonópole; todas com um falecimento.


A imunização ocorre apenas para o grupo prioritário. Fazem parte desta seleção pessoas a partir de 60 anos; crianças de seis meses a menores de cinco anos; trabalhadores de saúde; professores das redes pública e privada; povos indígenas; gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); pessoas privadas de liberdade - o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas; e funcionários do sistema prisional. As pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se vacinar.

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

Temer diz que desemprego não cresceu, mas 'aumentou número dos que procuram emprego'

O presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta sexta-feira (4) que não há aumento do desemprego, mas, sim, o que há, é crescimento "dos que procuram emprego", e que estão mais esperançosos de encontrarem um trabalho devido à melhoria dos indicadores econômicos. Ele defendeu este argumento para explicar os indicadores que mostram maior procura por postos de trabalho no país.

Temer participou, em São Paulo, de evento da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) que lançou a publicação Índice de Risco para Negócios Internacionais, que avalia riscos nas dimensões macroeconômica, estabilidade política e social, e segurança dentre 47 países.

Durante discurso no evento, o presidente defendeu sua tese de que, apesar do IBGE divulgar que houve aumento na procura por postos de trabalho no país, isso não significa que o desemprego aumentou, mas, sim, que há mais ânimo na economia, fazendo com que os desempregados fiquem mais encorajados em busca de recolocação.

"Não é porque o desemprego aumentou. É que o desempregado, quando a economia começa a melhorar, ele, que estava desalentado, portanto não procurava emprego, ele se transforma num alentado, ele vai procurar emprego", disse. "Aqueles que procuram emprego, alentados que se acham, aumenta porque a economia está melhorando", defendeu Temer.

Durante sua fala, o presidente comentou que, em janeiro, houve o registro de 78 mil carteiras assinadas no país. Em fevereiro, foram 69 mil e, em março, 59 mil. Mas, por outro lado, houve aumento da procura por trabalho, que atingiu 1,5 milhão de pessoas, segundo o presidente.

Cerca de 4,3 milhões de pessoas não trabalhavam nem buscavam ocupação no fim de 2017, segundo o IBGE. Em fevereiro, o IBGE divulgou que falta emprego para 26,4 milhões de brasileiros.

"Quando você pega os dados do Ministério do Trabalho, você vê que o emprego está aumentando. Mas quando você pega os dados do IBGE, a sensação de desemprego aumentou. É uma coisa curiosa. Sabe por que isso? Não é porque o desemprego aumentou. É que o desempregado, quando a economia começa a melhorar, ele, que estava desalentado, portanto não procurava emprego, ele se transforma num alentado, ele vai procurar emprego e na medida em que vai procurar emprego, e como não há emprego para todos ainda, e ele não consegue emprego, isto entra na margem do cálculo do IBGE", disse ele.

Temer relatou que, na segunda-feira (30), fez uma reunião no governo para entender o que acontece.

"Eu até fiz uma reunião na segunda-feira, véspera de feriado, entre a área econômica e a área do trabalho para esclarecer estes pontos. Interessante, então, o fato de dizer que aumentou o desemprego é que aumentou o número daqueles que procuram emprego. E aqueles que procuram emprego, alentados que se acham, aumenta porque a economia está melhorando", salientou.

"Mas uma coisa é a carteira assinada e outra coisa são os chamados postos de trabalho, de gente que retomou uma determinada atividade. Gente que é cabeleireira, que faz alimentação, carrinho de pipoca, variáveis exemplos. O que acontece nestes quatro últimos meses é que o aumento, a procura por postos de trabalho atingiu mais de 1 milhão e 500 mil pessoas. Se você vai prestar um serviço como cabeleireiro, é porque tem público que paga. Portanto, é uma confiança que vem sendo arrecadada que tem repercussão no exterior. Nós precisamos estar atentos a fatos desta natureza", defendeu.

Fonte: G1 

Curta nossa página no Facebook

UFCA e Sesc lançam revista que homenageia poeta caririense Geraldo Urano

Uma animada conversa sobre literatura e jornalismo regada à recitação de poemas e música marcaram, na noite de ontem (3), o lançamento da revista “Pequiá de Literatura”, no campus local da Universidade Federal do Cariri (UFCA). Na edição inaugural, um passeio pela memória de um dos maiores poetas do Cariri, Geraldo Urano, falecido ano passado, autor de “O Prato de Estrelas” e o “Ferrolho do Abismo”, resenhas, indicações de leitura e poesias.

A literatura do Nordeste, particularmente do Cariri, será o eixo da publicação, com a divulgação da literatura do passado e do presente através de entrevistas em profundidade, perfis e debates sobre o livro e a leitura.  A revista publicará também contos e poemas de autores nordestinos.

“A literatura é uma  maiores expressões da alma humana e o Jornalismo, desde o Século XIX, um dos principais suporte do discurso literário”, disse o professor orientador José Anderson Sandes. A revista foi concebida pelo programa cultura da unidade de Crato do Serviço Social do Comércio (Sesc), em parceria com a pró-reitoria de Cultura da UFCA e executada pelos estudantes de Jornalismo. O design gráfico é da professora Fernanda Loss.

Durante o lançamento, estudantes do curso de Jornalismo recitaram poesias publicadas na revistas – todas escritas em homenagem a Geraldo Urano, um poeta que passou pela contracultura, mas falou de coisas simples do cotidiano, das miudezas e magnitudes, com singularidade e universalidade. Sua irmã, Lídia Batista, leu poemas de Urano e seu sobrinho, João, deu uma canja cantando músicas do tio.

O próximo número da revista trará um perfil de Ana Miranda, cujo livro Samiramis tem passagens marcantes pelo Crato de Bárbara de Alencar. Publicará ainda entrevista com poetas do Cariri, contos, poesias e resenhas.  A Pequiá – nome derivado de Pequi, fruto nativo da chapada do Araripe – será distribuída nas bibliotecas das unidades cearenses do Sesc e nas escolas públicas do Cariri.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

Crato (CE): Policial militar e dentista são presos; investigação está sob sigilo

Um policial militar e um dentista foram presos na manhã desta sexta-feira (04), neste Município do Cariri cearense. A Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça, mas ainda não se sabe o teor da investigação. Os dois foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito. O PM detido é conhecido por Cabo Azevedo, que atua no Serviço de Inteligência local.

A Polícia Civil afirmou que não vai se pronunciar sobre o caso, pois a investigação se encontra sob sigilo. A Secretaria de Segurança Pública deve trazer mais informações. A Controladoria Geral de Disciplina (CGD) esteve na Delegacia Regional de Crato na manhã de hoje. O PM deve ser transferido para o 2º Batalhão da Polícia Militar (2ºBPM), em Juazeiro do Norte, onde aguardará sua audiência sob custódia.

O Major Luciano Rodrigues, comandante do 2º BPM, disse que foi surpreendido com a prisão do policial que, segundo ele, atua há mais de 10 anos na corporação. “Sua ficha tem bastante elogios, mas temos a convicção que o ser humano está sujeito à erros na sua atividade. Nós vamos garantir a neutralidade nas investigações”, afirmou.

O oficial confirmou que o alvo das investigações está sob sigilo e que não tem conhecimento do que se trata e, tampouco, o que motivou as prisões. “Respeitamos a Polícia Civil, a Justiça e a Controladoria Geral de Disciplina, e estamos aguardando o desenrolar dos fatos para, aí sim, tomar alguma medida administrativa disciplinar”, completa o Major Luciano.

No entanto, o comandante garantiu que a Polícia Militar vai dar apoio jurídico ao Cabo Azevedo. “A Justiça decretou sua prisão preventiva com certeza com motivações jurídicas. Nossa Associação de Cabos e Soldados está acompanhando o policial neste momento”, conclui.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

Região do Cariri registra redução de homicídios durante o mês de abril

A Área Integrada de Segurança 19 (AIS 19), que corresponde a 25 municípios da Região do Cariri, registrou uma redução de 25% no índice de homicídios durante o mês de abril. Os dados estatísticos produzidos pelo 2º BPM apontam que em abril de 2018 foram contabilizados 20 crimes contra a vida, sendo que no mesmo período do ano passado foram registrados 27 crimes dessa natureza.

De acordo com o Comandante do 2º BPM, Major Luciano Rodrigues, os dados consolidados ainda serão divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), mas toda redução nesse sentido é positiva. ‘Todos os meses fazemos um estudo preliminar da segurança pública da Região do Cariri através dos dados estatísticos, provenientes tanto da nossa própria unidade quanto da SSPDS, para garantir uma atuação eficiente em prol do bem estar da sociedade’, destaca o Oficial.

A cidade de Juazeiro do Norte também registrou redução no índice de homicídios. Em abril de 2018 foram contabilizados sete homicídios, sendo que em abril de 2017 foram contabilizados nove crimes dessa natureza. A redução, portanto, chega a 22%. As ações realizadas através da Polícia Militar continuam focadas na redução da criminalidade e na segurança do cidadão de bem.

Curta nossa página no Facebook

Não se deixe enganar: produtos "zero lactose" contêm lactose

Na onda do "não pode isso, não pode aquilo”, a lactose ganhou status, se não de inimigo, pelo menos de suspeito de causar malefícios à saúde.

De acordo com um levantamento do Instituto Datafolha, 35% da população com idade acima de 16 anos relata sentir algum mal-estar depois de tomar uns goles de leite ou de saborear qualquer um de seus derivados.

Mas será que é para atender só essa parte da população que as prateleiras estão cada vez mais cheias de produtos “lac free” ou “zero lactose”?

A lactose é o açúcar natural do leite. Como tudo o que a gente come ou bebe, ela é processada na digestão para abastecer nossas células de energia.

Só que se trata de uma molécula grandalhona. Então, para esse jogo funcionar como deve, o organismo fabrica a lactase, a enzima que vai quebrá-la em moléculas menorzinhas que serão digeridas.

A torcida é pelo empate, ou seja, a produção de lactase deve ser em quantidade suficiente para processar todo o volume de lactose que entra com os goles de leite, a fatia de queijo, o requeijão na torrada, sem esquecer do bolo ou do molho branco.

Se falta a enzima, sobra lactose lá no intestino, sem função, sendo fermentada por bactérias e dando origem a gases e cólicas.

A não ser em casos raríssimos, todo mundo nasce com a capacidade de produzir lactase. Nos bebês, que só se alimentam de leite, o abastecimento está no máximo. Depois, vai naturalmente diminuindo, à medida que outros alimentos entram no cardápio. 

Esse declínio avança com a idade e, em geral, não provoca contratempos. O problema é que, para algumas pessoas, a diminuição no fornecimento da enzima despenca demais.

Aqui, vale um aparte: é preciso diferenciar quando a intolerância é provocada pela baixa natural de lactase ou quando ela acontece porque o intestino está fragilizado por alguma inflamação ou infecção.

É que desarranjos são capazes de atrapalhar a fabricação da enzima. Nesse segundo caso, basta tratar os distúrbios que dão origem ao transtorno para que o leite e seus derivados deixem de causar chateações.

Para os consumidores dos produtos ditos “Sem Lactose” vale o alerta de que, embora estes termos apareçam destacados nos rótulos dos alimentos, a substância ainda existe neles. O que se faz é introduzir a enzima responsável pela sua quebra, a lactase, nas bebidas. Pode até ser que o resultado seja efetivo, mas os dizeres são falsos --o que pode ser prejudicial para quem é muito intolerante, já que a pessoa compra o produto achando que pode bebê-lo à vontade e acaba manifestando as reações. 

Até fevereiro de 2017, as mercadorias podiam trazer em seus rótulos que eram “Zero Lactose”, já que não havia uma regra. A Anvisa, no entanto, estipulou que os fabricantes são obrigados a informar a presença de lactose nos alimentos. Isso vale para alimentos com mais de 100 miligramas (mg) de lactose para cada 100 gramas ou mililitros do produto.

Assim, qualquer alimento que contenha lactose em quantidade acima de 0,1% deverá trazer a expressão “Contém Lactose” em seu rótulo. Os fabricantes têm até 2019 para realizarem as devidas alterações nos rótulos. O limite de 100 miligramas é entendido como seguro para as pessoas intolerantes.

O dianóstico de intolerância à lacotse é difícil. Afinal, um sem-número de enfermidades pode estar associado a sintomas como inchaço abdominal e complicações intestinais. Por isso, também é difícil encontrar dados exatos sobre a prevalência da intolerância pelo mundo afora.

No entanto, nem mesmo a confirmação clínica de ter entrado para o grupo dos intolerantes é motivo para fechar a boca para os lácteos.

Para começo de conversa, estamos falando de um distúrbio que os médicos descrevem como volume dependente. Isso quer dizer que é sempre possível encontrar a cota segura para você consumir de acordo com seu estoque de lactase --lembrando que o declínio da enzima varia de pessoa para pessoa.

Os especialistas dizem que, em geral, todo mundo tolera bem cerca de 12 gramas de lactose, o equivalente a um copo de leite.

Se o seu intestino chiar mesmo dentro desse limite, dá para experimentar outros recursos. Um deles é fracionar essa quantidade ao longo do dia, assim a chegada gradual de lactose ao intestino facilita o trabalho da lactase.

Intolerância à lactose não é a mesma coisa de alergia ao leite. Está aí uma confusão que precisa ser desfeita

Alergia ao leite
A alergia é uma reação do organismo a uma proteína do leite, conhecida pela sigla APLV. Nessa condição, a pessoa não pode ter o mínimo contato com leite ou qualquer um de seus derivados, mesmo aqueles livres de lactose. Quando alguém é alérgico, ainda que consuma um tantinho só da tal proteína APLC, isso já é suficiente para disparar reações. Elas vão de coceira e manchas avermelhadas na pele a quadros de falta de ar que, em última instância, podem até colocar a vida em risco.

Intolerância
A intolerância alimentar acontece quando o organismo tem dificuldade em processar um alimento. É como se o organismo não entendesse que comida é aquela e, ao longo do tempo, se esforça tanto para digeri-la que desgasta a mucosa do intestino, deixando-a sensível. Portanto, a intolerância está relacionada a uma dificuldade digestiva, que pode ser contornada sem que a pessoa abra mão dos laticínios. Há, inclusive, uma linha todinha de produtos zero lactose para isso.

Leite
A carga de lactose é mais alta no leite. Seja ele integral ou desnatado, são cerca de 7,5 gramas desse açúcar por 100 ml da bebida. E saiba que a versão integral é até mais bem recebida pelo organismo de quem sofre de intolerância. Por causa da maior quantidade de gordura contida nesse tipo, o esvaziamento gástrico ocorre mais lentamente. Ou seja, não chega no intestino uma quantidade gigante de lactose para ser quebrada de uma só vez.
    
Queijos
No caso dos queijos, quanto mais maturados, menor a concentração de lactose --isto é, ela vai sendo eliminada no processo de maturação. Os queijos frescos, por sua vez, contêm doses mais elevadas, até porque a lactose se concentra no soro.
    
Iogurtes
Nos iogurtes, ela é transformada em ácido lático pelas bactérias usadas em sua produção, derrubando significativamente os níveis da substância em cada potinho.
    
Manteiga
A manteiga é outro produto lácteo que dificilmente causa algum agravo na barriga por causa da lactose .O que sobra dela ao fim de seu processo de fabricação é praticamente irrelevante.
    
Leite condensado
Já o ingrediente principal do brigadeiro pode ser problemático para os intolerantes. Afinal, o leite é condensado e a lactose, por tabela, também.

Ao retirar qualquer grupo de alimentos da dieta, a pessoa emagrece, é claro, pondera o nutrólogo Mauro Fisberg. "Mas a supressão pura e simples --e, pior, por conta própria-- costuma levar a um déficit nutricional”, alerta.

Nessa história lactose versus balança, uma das explicações é a seguinte: como a retenção de líquidos no intestino atazana aqueles que verdadeiramente sofrem de intolerância e ela deixa a barriga inchada, quando o indivíduo com o problema elimina os produtos lácteos da dieta, fica a sensação de que o abdômen diminuiu.

Foi apenas o inchaço que passou e não a gordurinha da cintura que foi embora. Só que esse fenômeno serve de pretexto para muita gente se autodiagnosticar, no fundo buscando se livrar dos quilos a mais. Não resolve.

Não há nenhuma comprovação de que a lactose seja capaz de engordar
As evidências científicas são de que a presença de leite e derivados no cardápio diário diminui o risco de obesidade. Uma revisão de estudos publicada no European Journal of Clinical Nutrition encontrou essa relação ao cruzar dados de composição corporal e nutricional mais de 40 mil crianças e adolescentes.

Já recentes achados de pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, apontam os lácteos --e, detalhe, na versão integral-- como ingrediente fundamental na prevenção do ganho de peso em mulheres de meia-idade.

Os especialistas americanos enfatizam o papel não só do cálcio, que tem parcela de responsabilidade nesse resultado positivo, como das proteínas desses alimentos, uma vez que elas promovem a sensação de saciedade, aplacando o risco de você comer além da conta.

Fonte: Viva Bem/UOL

Curta nossa página no Facebook

Banco Central não proibiu bancos de aceitar notas com carimbo “Lula Livre”. Dinheiro pode circular normalmente

Um vídeo com um homem carimbando notas de Real com o rosto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu o que falar nas redes sociais.

Depois que as imagens viralizaram, mensagens circularam dizendo que o Banco Central teria proibido a rede bancária de receber as notas com o carimbo “Lula Livre”. A informação foi esclarecida pelo Boatos.org e confirmada por EXAME.

“Atenção: Banco Central acaba de divulgar que a rede bancária está proibida de receber notas com o carimbo Lula Livre. Que se receber tais notas, os Bancos, deverão chamar a polícia. O portador estará sujeito ao enquadramento no artigo 163 do Código Penal que trata do crime de rasura em papel moeda”, diz o texto equivocado que circula nas redes.

Em nota, o BC desmentiu a mensagem e afirmou que cédulas com qualquer tipo de marcas não perdem seu valor.

“Cédulas com rabiscos, símbolos ou quaisquer marcas estranhas continuam com valor e podem ser trocadas ou depositadas na rede bancária. As notas descaracterizadas apresentadas na rede bancária serão recolhidas ao Banco Central, para destruição. O Banco Central incentiva a que as cédulas sejam preservadas, afinal a fabricação de cédulas e moedas gera custos para o país e sua reposição elevará ainda mais esse custo”, diz o comunicado oficial.

Na prática, uma nota rasurada continua com valor. No entanto, segundo o BC, o cidadão pode trocar uma cédula que não esteja conservada em uma agência bancária ou recusar o recebimento.

Fonte: Exame.com

Curta nossa página no Facebook

03 de maio

1494 - Cristóvão Colombo descobre o território da atual Jamaica.
1791 - A Constituição Polaca de Maio, a primeira constituição moderna da Europa, é proclamada pela Sejm.
1960 - A Casa de Anne Frank, em Amsterdã, é aberta ao público.

Nasceram neste dia…
1455 - Rei D. João II de Portugal (m. 1495).
1469 - Nicolau Maquiavel, filósofo e historiador italiano (m. 1527).
1933 - James Brown (foto), cantor estado-unidense (m. 2006).

Morreram neste dia…
1481 - Mehmed II, sultão otomano (n. 1432).
1764 - Francesco Algarotti, filósofo, crítico e escritor de ópera italiano (n. 1712)
1983 - Armando José Fernandes, compositor português (n. 1906).

Fonte: Wikipédia

Fósseis do Ceará são contrabandeados e vendidos nos EUA, Japão e Europa

Um tesouro histórico ameaçado. Reconhecido como um dos mais importantes e completos depósitos de fósseis do planeta, a Bacia do Araripe, no Sul do Ceará, é alvo de traficantes que enviam para fora do país registros só encontrados na região. Tamanha é a grandeza dos sítios paleontológicos da região que, das 50 espécies de pterossauros descritas no mundo, 23 foram identificadas na chapada do Araripe.

A lei estabelece que todos os fósseis encontrados em solo brasileiro pertencem à União e sua comercialização é proibida. Mas a facilidade de compra e venda de fósseis, dentro e fora do Brasil, assusta pesquisadores e autoridades colocando em risco patrimônio e as pesquisas paleontológicas brasileiras em favor de um mercado internacional multimilionário.

Rede de tráfico
"Existe uma rede grande envolvendo o tráfico de fósseis. Existe um laboratório clandestino de preparação de fosseis aqui na região do Cariri, servindo diretamente ao tráfico. Envolve muito dinheiro, essa quadrilha é muito grande e ela age aqui na região do Cariri há mais de 20 anos", explica Álamo Saraiva.

A riqueza paleontológica da região é tão grande que nem é preciso ser um estudioso ou dominar a técnica de retirada de fósseis. Qualquer pessoa pode encontrar peças de valor arqueológico, principalmente em áreas de extração de calcério, onde fósseis raros acabam indo parar nas mão dos trabalhadores, que já aprenderam a identificar quando encontram um.

"Quando abre aqui, às vezes, tem nele, tem fora. Aqui é a veia da pedra aqui e a gente abre e às vezes eles estão dentro", revela Tiago Lima do Nascimento, limpador de pedra.

"Há muitos anos sempre tinha pessoas que comercializava, mas agora não, tudo mudou, ninguém comercializa mais não. Agora, a gente sempre acha e doa pro depósito da empresa onde os universitários vêm e o patrão entrega para os estudos", afirma José Gomes da Costa, serrador de pedra.

No entanto, nem sempre os fósseis são entregues às pessoas certas. O pesquisador Álamo Saraiva divide com os trabalhadores a mesma área de extração das pedras e diz que muitos atravessadores já sabem que é fácil encontrar raridades em locais como este e que eles buscam fósseis daqui para vender a traficantes. Ao todo, são 92 frentes de exploração de calcário laminado na Região da Chapada do Araripe.

"Via de regra, o trabalhador do calcário laminado não ganha bem. Então, qualquer coisa que apareça que possa complementar sua renda é motivo de alegria para eles, contudo, é um prejuízo pra o patrimônio brasileiro", ressaltao pesquisador.

Dinossauro 'cearense' na França
O único fóssil completo do pterossauro Tapejara
navigans no mundo, encontrado na Bacia
do Araripe (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
O caminho certo para os fósseis encontrados deveria ser o Laboratório de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri, onde eles são preparados para a identificação e estudo. De lá, alguns deles podem seguir para o museu da região, que reúne mais de 11 mil fósseis.

Mas nenhum fóssil é tão completo quanto o de um pterossauro, réptil voador que viveu há cerca de 100 milhões de anos na Bacia do Araripe e que foi levado clandestinamente para a França. Um caso investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em parceria com autoridades francesas.

"A principal peça que nós temos lá na França é o pterossauro, que é um exemplar único, que no mundo inteiro só foi encontrado, catalogado aqui no Cariri cearense. O fóssil se encontra em bom estado de preservação, com crânio inteiro, parte do dorso e uma asa inteira, sendo o resto do animal completo por resina", explica Rafael Rayol, procurador da República no Ceará.

Este é apenas um caso de fósseis raros retirados daqui e levados para fora do país por contrabandistas especializados nesse tipo de material e que movimentam um mercado milionário.

“Temos uma cabeça de pterossauro, que tem uma crista completa, com detalhes de cores que. comenta-se aqui, foi vendida por cerca de R$ 7 mil. Lá fora essa peça estava, há 10 anos, em um leilão sendo vendido por R$ 970 mil. Quer dizer, é um prejuízo não só cultural mas também financeiro, já que o brasileiro não ganha com o tráfico de fósseis ou ganha muito pouco por isso”, revela Álamo Saraiva.

Lei antiga
Fóssil de uma libélula encontrado na Bacia do Araripe;
local sofre hoje da evasão de fósseis por meio do
tráfico ilegal (Foto: Marcos Santos/ USP Imagens)
"A lei que trata, que regulamenta a propriedade desse material fossilífero é da década de 40 e, desde então, a venda, comercialização de todo esse material, qualquer tipo de fóssil é proibida, por isso todos os fósseis são, legalmente, propriedade da união", afirma o procurador da República Rafael Rayol.

O Ministério Público Federal pediu que o pterossauro quase mil fósseis apreendidos na França sejam repatriados para o Brasil. A Justiça atendeu o pedido, mas o francês que se diz dono do material recorreu da decisão. O caso deve ser julgado em junho. Além desses casos, também há investigação de fósseis brasileiros levados para os Estados Unidos, Itália e Japão.

"É bom lembrar que o fóssil daqui estando aqui ele é um patrimônio paleontológico importante, ele é um bem cultural da região. A saída desse material da Região do Cariri causa um prejuízo muito grande, principalmente, para um sistema de desenvolvimento sustentável que tem o apoio da Unesco, que é o Geopark Araripe montado e pensado para deixar esse material aqui”, ressalta Álamo Saraiva.

Segundo o Ministério Público Federal no Ceará, outro fóssil de pterossauro, descoberto na Bacia do Araripe e levado para a Alemanha também vai ser repatriado.

Fonte: G1 CE

Curta nossa página no Facebook

AddThis