Infraero diz que três aeroportos estão sem combustíveis; Juazeiro só tem para mais 18 horas

Levantamento da Infraero ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso mostra que seis aeroportos administrados pela estatal já estão sem combustível: Carajás (PA), São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Ilhéus (BA), Palmas e Juazeiro do Norte (CE). Em Congonhas, o estoque de querosene dura até as 16 horas de amanhã.

Os estoques duram até 12 horas em cinco aeroportos: Recife, Goiânia, Maceió, Londrina e Navegantes (SC). Em Recife, o levantamento indica que os estoques duram até logo mais às 20h00. "Sem perspectiva de novas carretas", informa. 

Em Vitória, o estoque dura mais aproximadamente 18 horas. Em 27 aeroportos, há combustível para operar mais de 18 horas à frente. Estão nessa lista: Teresina, Parnaíba (PI), Congonhas, Foz do Iguaçu, Aracaju, Santos Dumont, Campo Grande, Joinville, São Luiz, Manaus, Uberlândia, Montes Claros, Uruguaiana, João Pessoa, Paulo Afonso, Santarém, Bacacheri (PR), Cuiabá, Campina Grande, Petrolina, Porto Velho, Imperatriz, Belém, Rio Branco, Corumbá, Curitiba, Boa Vista, Macaé.

Brasília e Natal
Em relação aos aeroportos concedidos, a Inframerica, concessionária que administra o Aeroporto de Brasília, disse que permanece em estado de atenção. A expectativa era que o querosene de avião terminasse por volta das 17h, mas a empresa conseguiu receber um caminhão com 60 mil litros do combustível.

“No entanto, permanecemos em estado de atenção já que apenas um caminhão não supre a demanda”, informou a empresa que, até as 17h, disse que o aeroporto havia recebido 243 operações entre pousos e decolagens. Houve 10 atrasos e apenas um cancelamento.

A Inframerica disse ainda que a greve dos caminhoneiros não chegou a afetar as operações do Aeroporto de Natal, também administrado pela concessionária. “As nossas reservas de combustível seguem disponíveis para a manutenção das operações regulares pelos próximos dias”, disse.

Confins
Já em Minas Gerais, a empresa responsável pelo Aeroporto de Confins, BH Airport, disse que acionou um plano de contingência e todos os esforços para assegurar o abastecimento de aeronaves, mas já enfrenta restrições.

“A recomendação é que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas e consultem a situação dos voos antes mesmo do deslocamento até o aeroporto”, informou a concessionária.

Infraero 
Consultada pela Agência Brasil, a Infraero reafirmou posicionamento apresentado na noite de ontem(23). A empresa informou que está monitorando o abastecimento de querosene de aviação por parte dos fornecedores que atuam nos terminais.

A empresa disse também que “já alertou aos operadores de aeronaves que avaliem seus planejamentos de voos para que cada um possa definir sua melhor estratégia de abastecimento de acordo com o estoque disponível na origem e destino do voo.”

A Infraero voltou a recomendar aos passageiros que procurem suas companhias para consultar a situação de seus voos. “Aos passageiros, a Infraero recomenda que procurem suas companhias para consultar a situação de seus voos. Aos operadores de aeronaves, a empresa orienta que façam a consulta sobre a disponibilidade de combustível na origem e no destino do voo programado”, informou a empresa por meio de nota.

Já a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que mesmo com a escassez de combustível nos aeroportos, todos os voos que estão em operação seguem abastecidos dentro do estabelecido pelos regulamentos da Agência.

“Os regulamentos da Anac estão amparados internacionalmente e regulam o cálculo a ser feito conforme a rota, a reserva mínima a ser observada, além de instruções sobre a operação que podem alterar o cálculo do combustível. Todas as medidas estipuladas nas operações visam a segurança operacional dos voos, que é a prioridade para a Anac”, informou a agência. 

A Anac também recomendou aos passageiros o contatos com as empresas aéreas antes de se deslocarem para os aeroportos até que a situação se normalize.

Distribuidoras
A Plural, associação que representa distribuidoras de combustíveis, afirmou que está empenhada em regularizar a situação, com um grupo dedicado 24 horas por dia, integrado com o gerenciamento de crises da Casa Civil e com a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

“A interdição das vias pelos caminhoneiros e o consequente impedimento da distribuição de combustíveis e lubrificantes já vêm causando impactos em diversos setores e prejudicando a população. A Plural está empenhada em regularizar a situação, com um grupo dedicado 24 horas por dia, totalmente integrado com o gerenciamento de crises da Casa Civil e com a ANP. Há produto e caminhões para entrega. A Associação trabalha com as autoridades competentes para interlocução junto aos manifestantes, visando o abastecimento de serviços essenciais, tais como aeroportos, barcas, ônibus, hospitais, polícia e bombeiros, entre outros.”

Fonte: Estadão Conteúdo

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